Resumo de A Morte Menina: Infância e Morte Infantil no Brasil dos Oitocentos, de Luiz Lima Vailati
Aprofunde-se na infância e na morte no Brasil do século XIX com A Morte Menina, de Luiz Lima Vailati. Uma reflexão impactante que merece sua leitura!
domingo, 17 de novembro de 2024
Oh, a infância! A época em que estamos mais preocupados com quem vai brincar de esconde-esconde e quem vai ser o próximo a ser pego pelo, frequentemente, indesejado "maior". Mas, segura essa batata quente: estamos no Brasil do século XIX, e a infância não é exatamente só brincadeira. Em A Morte Menina: Infância e Morte Infantil no Brasil dos Oitocentos, Luiz Lima Vailati nos leva a um passeio de balão (mais ou menos) por um período em que a morte infantil era um assunto mais comum do que deveria, e os hospitais pareciam mais uma versão triste do parque de diversões.
O autor começa nos fazendo refletir sobre a alta mortalidade infantil na época. Sim, você leu certo! As crianças eram como personagens de um jogo de tabuleiro: pode ser que você chegue ao final, mas é bem provável que você morra antes de completar uma volta. A pressão sobre as famílias era brutal e, para apimentar a mixagem, havia questões sociais, políticas e culturais que podiam agravar ainda mais o cenário.
Mas o que faz Vailati ser um grande mestre da narrativa? É a forma como ele combina dados históricos e relatos pessoais, como se fosse um chef gourmet criando um prato inusitado que ninguém imaginou que ficaria tão gostoso. Ele discute a maneira como a sociedade lidava com a morte, mostrando que, embora a patologia estivesse à espreita, havia uma resiliência e um jeito toda especial que as famílias encontravam para lidar com a dor. Ah, o talento humano para transformar desgraças em histórias, não é mesmo?
Ao longo do livro, Vailati discorre sobre como as políticas de saúde pública no Brasil estavam nas fraldas (metaforicamente, claro) e a relação entre a classe social e a probabilidade de sobrevivência de uma criança. Prepare-se para perceber que, naquela época, a posição na pirâmide social era muito mais relevante do que quem venceria a próxima batalha de carrinho de rolimã!
Não podemos esquecer de mencionar a importância da religiosidade na época. As crianças eram quase que um símbolo da pureza e, em muitos casos, a morte delas era vista como um desvio divino. Vailati também nos mostra como as famílias organizavam funerais assim como organizam festas de aniversário hoje em dia. Com isso, a morte se tornava uma espécie de espetáculo social que, embora triste, não deixou de ser um foco de atenção e sentimentos dos mais variados. Spoiler alert!: tinha muito mais choro e drama do que em qualquer novela das oito.
Durante toda a leitura, você vai se perguntando: mas o que os adultos estavam fazendo? E a resposta é: eles estavam tentando sobreviver em meio ao dilema de proteger os filhos enquanto conviver com a ideia da morte como uma parte intrínseca da vida. Afinal, viver no século XIX não era um mar de rosas!
Em síntese, A Morte Menina não é apenas uma análise da infância e da morte no Brasil do Oitocentos, mas uma janela para as complexidades emocionais da época. Vailati entorta nossos modos de ver as relações sociais, a fragilidade da vida e, claro, a dor que permeava as famílias. Como nós sabemos, a história é uma professora severa, e Vailati a coloca para dar uma aula e tanto!
A preparação emocional que esse livro exige é como a preparação de um prato elaborado: é preciso dedicação, mas a recompensa ao final é uma reflexão digna de ser admirada. Então, se você se atreve a entender mais sobre o passado, pegue sua caneta e venha fazer parte dessa reflexão com Vailati. Mas não se esqueça de trazer um lencinho!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.