Resumo de Realismo - Coleção Movimentos da Arte Moderna, de James Malpas
Entenda como o Realismo, de James Malpas, transformou a arte ao retratar a vida real e suas complexidades. Uma verdadeira aula sobre o cotidiano.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, o Realismo! Uma revolução que não envolveu explosões, mas uma grande dose de observação e, pasmem, muita sinceridade! James Malpas, nesse livrinho quase de bolso, nos guia pela vida e obra de um movimento que decidiu deixar de lado as frescuras do romantismo e as fantasias da arte idealizada. Sim, a arte resolveu baixar a régua e trazer o que é "real" à tona, como aquelas conversas em família onde você descobre que sua tia ainda acha que a Terra é plana.
A história do Realismo começa no século XIX e, como sem querer, já promete causar um rebuliço na sociedade europeia. O foco? Retratar o cotidiano e a vida das classes trabalhadoras. Enquanto muitos artistas estavam lá sonhando com deuses e heroínas, os realistas sacaram que o drama cotidiano de um camponês não só era mais palpável, como também mais interessante. Se você acha que a vida de um operário é sem graça, lembre-se de que tem mais drama ao não conseguir pagar a conta do que numa pintura de um deus com um raio na mão.
Malpas não economiza em exemplos, e você vai se deparar com obras famosas de artistas como Gustave Courbet, que foi praticamente o "professor insuportável" do movimento. Ele queria discutir a vida real, e não estava disposto a se contentar com essa coisa de "uma maçã é uma maçã". Para Courbet, as coisas eram bem mais complexas: "uma maçã poderia ser a metáfora da opressão capitalista se você parar para pensar". E quem disse que arte não pode ser política?
O autor também nos apresenta outros artistas, como Jean-François Millet, conhecido por captar as lutas e os sofrimentos da vida rural. Era como se ele estivesse dizendo: "Ei, pessoal! A vida no campo não é tão romântica quanto você pensa!" E as pessoas, ao invés de comprar essa ideia, compraram suas obras. Milagre da arte!
E se você achou que o Realismo ficou só na pintura, Malpas volta a falar sobre a literatura. Isso mesmo! Os escritores também decidiram entrar na roda e começaram a escrever romances realistas que retratavam a vida, incluindo todas as suas nuances e complexidades. Gustave Flaubert, por exemplo, pegou todos os dramas, escapadas e até aqueles momentos constrangedores das vidas das pessoas e colocou no papel, como em "Madame Bovary". O que é da série "coisas que seus amigos não querem saber sobre você".
Mas, spoiler alert! O Realismo não parou por aí. Ele deu origem a movimentos como o Naturalismo, que só ficou mais pessimista e decidiu que, se a vida real era dura, vamos enfiar todos os problemas de uma vez. Justo, né? James Malpas, até neste calor de discussões sobre a complexidade da realidade, não perde a chance de nos lembrar que o Realismo teve seu papel fundamental na construção da arte moderna.
Em suma, Realismo - Coleção Movimentos da Arte Moderna é uma verdadeira aula sobre como a arte começou a olhar para a realidade de frente, sem medo de se parecer com a vida cotidiana. Se você quer entender como a arte se despediu dos contos de fadas para dar boas-vindas à vida real, este livro é o seu mapa. Cuidado com as desilusões, e não esqueça de brindar com uma xícara de café bem amargo enquanto aprecia a beleza do cotidiano, porque a vida, como obra de arte, está sempre em movimento.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.