Resumo de Ser talian: A (re)construção da italianidade no norte do estado do Rio Grande do Sul - Viadutos (1910 - 1970), de Veroneze Lagranha Marilei
Embarque na jornada da italianidade com 'Ser Talian'. Descubra a rica história da comunidade italiana em Viadutos e suas adaptações culturais.
domingo, 17 de novembro de 2024
Preparem-se para embarcar na jornada menos glamourosa da história da emigração italiana com "Ser talian", que poderia ser facilmente chamado de "Como a Italianidade se Virou Talianidade e Pegou um Frio no Sul". O livro de Veroneze Lagranha Marilei faz um trabalho incrível ao nos desvendar a saga da comunidade italiana em Viadutos, uma cidade que não está exatamente nas paradas turísticas, mas que tem uma história rica o suficiente para deixar qualquer turista com dor de cabeça - ou, quem sabe, um queijo bem maduro.
Nosso autor faz uma profunda análise cultural e histórica entre os anos de 1910 a 1970, revelando como os imigrantes italianos transformaram sua identidade ao se estabelecerem no sul do Brasil. E como toda boa festa, começam sem saber exatamente como dançar e, após algumas taças de vinho, acabam se esquivando entre a massa polenta e a pizza de queijo. A autora menciona um contexto histórico que traz à luz os desafios enfrentados pelos italianos e como eles foram se adaptando, se misturando e, em muitos casos, se apaixonando por detalhes da cultura brasileira. Pense numa grande mesa de jantar onde a lasanha se despede da polenta, mas convida a caipirinha para a dança!
A questão identitária é o verdadeiro protagonista dessa trama. A Marilei nos conta que ser talian não é apenas uma questão de incluir "a" no final das palavras. É uma construção que envolve tradições, costumes e uma pitada de molho de tomate - só que às vezes a receita pode ficar bem diferente da original! O livro faz um mergulho em como as tradições foram mantidas ou adaptadas, como os rituais familiares, que seguem intactos mesmo que o dialeto tenha mudado de sotaque.
Spoiler Alert! Ao longo da leitura, algumas histórias ajudam a entender como a luta pela identidade é semelhante a lutar contra um bicho-papão: você precisa se garantir quando vai à festa, mas depois acaba se divertindo com quem nunca imaginou. Marilei também trata das tensões entre a cultura italiana e as influências brasileiras, fazendo um paralelo interessante entre manter a essência e se deixar levar pelo samba.
O livro não deixa de lado a contribuição dessa comunidade para o desenvolvimento da região, desde a agricultura até a economia local. Viadutos pode não ser o coração das festas italianas no Brasil que muitos conhecem, mas a presença norte-rio-grandense é sentida - assim como um nhoque que escorrega de vez em quando pelo prato. A autora também ilumina a relação entre italianos e outros grupos de imigrantes, mostrando que, na verdade, todos estavam mais preocupados em fazer suas refeições do que com barreiras culturais.
"Ser talian" é mais do que um livro, é um convite a celebrar as diferenças. E se você tiver a chance de ver uma mesa cheia de talianidades, não hesite; a comida será ótima e as histórias, ainda melhores. E no final, o que fica é a certeza de que a identidade cultural é um prato que se serve quente, com uma grande ladle de história e uma garrafa de vinhos, porque identidade é como vinho: quanto mais envelhece, melhor fica!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.