Resumo de Pedagogia Freudiana: Seminário 92, de M. D. Magno
Mergulhe na complexidade da educação sob a ótica de Freud. Explore as nuances da Pedagogia Freudiana e repense suas práticas pedagógicas.
domingo, 17 de novembro de 2024
Vamos falar de um assunto que faz a cabeça (e o coração) de muitos: a combinação de educação e psicanálise, tudo isso temperado com a especialidade de M. D. Magno. Em Pedagogia Freudiana: Seminário 92, o autor pega a obra de Sigmund Freud, aquela figura icônica que tem mais teorias do que a nossa avó tem receitas de bolo, e a aplica ao campo da pedagogia. Pronto, agora temos a receita de como educar crianças usando um pouquinho (ou muito) do método freudiano. Spoiler: a coisa se complica!
Logo de cara, Magno nos apresenta um panorama bem abrangente da influência de Freud na educação. Ele discorre sobre como a educação, para o Freud, é não apenas um processo de transmissão de conhecimento, mas um espaço de formação do sujeito e de suas estruturas psíquicas. Ou seja, sabemos que educar é também (infelizmente) lidar com traumas e emoções. Chega a ser quase um "psicanálise na sala de aula".
O autor se aprofunda na relação entre a psicanálise e a prática pedagógica, e, é claro, não falta aquele momento em que ele discute as funções do desejo e da angústia no processo educativo. Para quem esperava um manual de como ensinar de forma simples, aqui vai a primeira lição: o desejo não se explica apenas com um "quero isso". Não, querido leitor! É todo um processo cheio de nuances e camadas.
Uma das grandes sacadas de Magno é discutir os conflitos que surgem na educação. Ele nos mostra que, na relação professor-aluno, não estamos apenas falando de conteúdos, mas de um verdadeiro teatro psíquico, onde as mais profundas questões do ser humano podem (e devem) emergir. Já pensou? Um aluno começa a chorar não porque não entendeu a matéria, mas porque está relembrando de algo que aconteceu no parquinho! Freud que me desculpe, mas isso é material para um novo seminário!
E não para por aí! Magno ainda fala do papel da instituição escolar como um espaço que reproduz a dinâmica familiar. Sim, assim como aquele jantar em que sua mãe faz questão de discutir questões da sua vida amorosa com a avó presente, a escola também acaba reproduzindo relações de poder e afeto. Quando a professora tenta segurar a onda com um aluno rebelde, ela pode estar lidando com muito mais do que só uma simples "criança arteira". Quem diria que a educação era tão complexa?
Ao longo do livro, o autor também faz menção aos desafios contemporâneos da educação e como a escola pode (ou não) estar preparada para lidar com as questões psíquicas e emocionais dos alunos. E sim, ele menciona a necessidade de um olhar mais cuidadoso e humanizado, pois, além de ensinar a ler e escrever, seria interessante também ensinar a viver (quem diria!).
Ao final do livro, ficamos com a sensação de que a educação tem muito mais camadas do que um simples conteúdo programático. A Pedagogia Freudiana abre novos horizontes e nos faz refletir sobre a complexidade do ser humano e a importância de uma pedagogia que considere o emocional e o psicológico em suas práticas.
E aí, prontos para aplicar um pouco de Freud na sala de aula? Com certeza, essa é uma leitura que vai fazer você repensar todos aqueles "porquês" e "e se..." que surgem no dia a dia da educação!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.