Resumo de A Queda, de Albert Camus
Mergulhe na jornada reflexiva de 'A Queda' de Camus, onde culpa e moral se entrelaçam na vida de um advogado em busca de redenção.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achou que a vida é feita só de altos e baixos, é porque ainda não leu A Queda, de Albert Camus. Aqui, o autor francês meio existencialista e meio filósofo nos fornece uma verdadeira montanha-russa de reflexões sobre a culpa, a moral e, claro, a inevitável queda que todos nós enfrentamos - mas, spoiler alert: não é a queda que você está pensando!
O livro é apresentado como um relato em primeira pessoa, o que significa que você vai ter o prazer (ou não) de ouvir uma verdadeira línzuna de um cara muito nada a ver chamado Jean-Baptiste Clamence. Ele é advogado aposentado que, ao invés de se divertir na praia ou visitar o bar mais próximo, decide compartilhar suas confissões durante um encontro com um desconhecido em uma Amsterdam sombria e chuvosa. É quase um encontro marcado, mas com um terapeuta que não sabia que estava prestes a ouvir as lamúrias de um egocêntrico!
Clamence começa a sua narração com a frase "Eu sou um juiz-penitente", se apresentando como alguém que se dedicou a julgar os outros - e, vamos combinar, ele sempre teve opiniões bem sinceras e críticas sobre a vida das pessoas! Mas, como um bom anti-herói, a história se desenrola e Clamence revela que, ao olhar em volta, acabou julgando a si mesmo mais do que qualquer outra pessoa. Quem diria que um simples advogado poderia ser tão, digamos, complexo?
Agora vamos ao prato principal do banquete existencial: a sua grande revelação. Clamence vive uma vida aparentemente perfeita - um advogado de sucesso, cheio de charme e com uma amante que é o sonho de consumo de muitos. Mas tudo muda (chegando ao pico dos spoilers) quando ele presencia a morte de uma mulher que grita por ajuda e ele faz. nada. O silêncio é ah, tão eloquente! E assim, ele decide que é hora de se transformar em um juiz, mas não do tipo punitivo; ele quer se punir e punir a si mesmo em cada palavra que pronuncia.
Logo, o leitor é bombardeado com os sentimentos de inferioridade, culpa e a busca incessante por um propósito que Clamence enfrenta. E, acredite, aqueles que acham que são melhores que os outros merecem se achatar um pouco também.
O estilo de Camus é insuperável - ele não constrói apenas uma história, mas sim um labirinto de ideias e paradoxos que fazem você repensar sua própria vida, sua moral e, claro, as quedas que todos temos. E, em uma bela ironia, Clamence acaba mesmo se tornando um juiz, mas neste caso, o veredicto é sempre sobre ele mesmo.
No final das contas, A Queda não é uma novela que te deixa nas nuvens, mas vale cada momento dessa jornada introspectiva e envolvente. Você vai sair com mais perguntas do que respostas e será forçado a refletir sobre sua própria vida e suas quedas. E a moral da história? Bem, talvez seja que todos nós estamos sempre em queda livre, esperando um abrigo que pode nunca vir.
Prepare-se para rir e, ao mesmo tempo, se desesperar um pouquinho. Afinal, quem disse que a literatura não poderia ser um misto de terapia e comédia? É isso aí, você caiu na armadilha do Camus e agora é hora de encarar suas próprias quedas!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.