Resumo de Arte, privilégio e distinção, de José Carlos Durand
Desvende como a arte se entrelaça com o privilégio e a elite em 'Arte, privilégio e distinção' de José Carlos Durand. Uma leitura provocativa e crítica!
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que saber sobre arte é só para quem tem um diploma em História da Arte ou para aqueles que ficam babando nas galerias com um vinho tinto na mão, prepare-se para dar uma reviravolta na sua noção de "arte" e "privilégio". José Carlos Durand desbrava nesse livro os labirintos da arte e sua intrincada relação com a sociedade e o poder. Quer saber como o luxo e a ostentação podem estar relacionados com os pincéis e as telas? Então, siga em frente!
Durand inicia sua jornada apresentando a arte como uma marionete nas mãos da elite social. Aqui, o conceito de distinção é tudo! Sim, porque nada diz "eu sou chique" como uma boa obra de arte pendurada na sala de estar. A relação entre arte e privilégio é desnudada, mostrando como a valorização de obras muitas vezes vem do status que elas conferem aos seus proprietários. Sabe aquele quadro que você não entende nada, mas que custa uma fortuna? Pois é, ele existe para que alguém possa dizer que tem gosto apurado (ou grávidas de arremessar um balde de tinta na parede).
O autor destrincha também a forma como a arte é consumida e consumidora. Com o olhar crítico de um Sherlock das Galerias, Durand analisa a circulação da arte e como ela se transforma em mercadoria, jogando luz sobre esse mercado de vaidades. Porque, convenhamos, a arte fora da elite parece ser a prima pobre da festa. Se ela não vem acompanhada de um pedigree, será mesmo que alguém vai levar a sério?
Ao explorar o tema das elites, o autor traz à tona o papel das instituições culturais, que servem como guardiãs do bom gosto e do "saber" fazer arte. No mundo de Durand, museus e galerias se tornam quase templos onde a adoração é feita com ingressos a preços exorbitantes e coquetéis com pessoas que usam terno e gravata (ou vestidos que custam uma pequena fortuna). Spoiler: a inclusão está muito longe de fazer parte desse cardápio!
E, como não poderia ser diferente, o livro não deixa de lado as reflexões sobre os sistemas de poder que moldam o que é considerado arte e o que é considerado lixo. Afinal, se você acha que uma latinha de sopa pode ser arte, vai ter que brigar com a elite que provavelmente está rindo da sua cara por achar que o valor de algo pode estar na sua origem e não na sua interpretação.
No final das contas, "Arte, privilégio e distinção" é uma espécie de soco no estômago da nossa visão romântica da arte. Durand nos convida a repensar o que valorizamos e como essa valorização está entrelaçada com questões sociais e políticas. Um tapa na cara de quem ainda acredita que arte é só sobre cores e formas, e não sobre dinheiro, status e, claro, uma boa dose de hipocrisia.
Se você quer entender como a arte se tornou um playground para os ricos e poderosos, mas não tem medo de descer do seu pedestal artístico para algumas risadas, essa leitura é um convite irresistível! Prepare-se para ver certos quadros e esculturas com um olhar renovado: mais crítico, e quem sabe, até mais debochado!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.