Resumo de Execução Específica dos Acordos de Acionistas, de André de Albuquerque Cavalcanti Abbud
Entenda as complexidades dos acordos de acionistas com o livro de André Abbud, que mistura sarcasmo e prática para desmistificar a execução de contratos.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que o título Execução Específica dos Acordos de Acionistas é a nova série da Netflix sobre dramas corporativos, ou uma competição para ver quem tem o contrato mais chique, você está um pouquinho enganado. O livro do André de Albuquerque Cavalcanti Abbud é um verdadeiro manual para entender as nuances e as complexidades dos acordos de acionistas e como fazer sua execução, de forma que até seu advogado vai querer tirar um dia de folga para lê-lo.
O autor, em sua prosa que alterna entre a erudição e o sarcasmo (pelo menos é o que esperamos), mergulha na análise detalhada dos acordos de acionistas. E sim, você ouviu direito, "acordos de acionistas". Parece chato? Calma, ainda não chegamos ao ponto de enrolar um papel na mão e começar a fazer aviõezinhos. A boa notícia é que Abbud faz uma abordagem prática e eficaz, tocando em questões que vão desde a importância de um bom acordo até os procedimentos para sua execução, tudo isso antes mesmo de você entrar em uma sala de reuniões e começar a discutir pela enésima vez quem fica com que fatia do bolo.
Um conceito básico que ele elucida é a natureza jurídica dos acordos. Ou seja, é isso mesmo que você está pensando: esses documentos podem ser tão sérios que, se não forem bem elaborados, podem causar rachas maiores que os do seu grupo de WhatsApp. Abbud traz exemplos, explana casos e deixa claro que, ao contrário do que muitos pensam, existem diretrizes bem definidas para que esse tipo de acordo seja válido e, o mais importante, executável.
Além disso, ele não se furta a abordar situações específicas de litígios e a forma como os tribunais lidam com os conflitos de interesses que podem surgir. É o tipo de coisa que você deve levar em conta antes de se reunir com seus amigos para decidir quem vai trazer a pipoca e quem vai ficar com o controle remoto. E não se esqueça: é um tema espinhoso, então é melhor estar bem munido de argumentos e uma dose de paciência.
E o que mais podemos esperar? Ah, sim, as Cláusulas! Abbud quase faz uma ode às cláusulas contratuais. Para ele, cada cláusula é uma armadilha ou um salvavidas, dependendo de como você se saiu na hora de negociá-las. Junte isso ao conceito de execução específica e você tem um prato cheio para acordos que não vão só ficar na teoria, mas que na prática vão exigir que todos joguem para o mesmo lado - ou pelo menos tentem.
A conclusão do livro não é exatamente um épico de Hollywood, mas fica claro que preparação é a palavra-chave para que os acordos se tornem reais, e não sejam apenas uma compilação de promessas feitas sob a pressão de um café forte. Em um mundo corporativo onde o dinheiro pode ser tão volátil quanto as hashtags na internet, o texto nos lembra que ter um bom acordo de acionistas é tão vital quanto saber que o Wi-Fi da empresa nunca deve cair.
Então, se você se pegou na dúvida sobre como redigir um acordo ou se sua empresa está mais para "acordo de cavalheiros" do que um contrato de fato, talvez seja a hora de dar uma conferida nesse livro. Afinal, mais vale um acordo sólido do que uma briga sem fim, não é mesmo? E lembre-se: juízes também têm contas a pagar e podem não estar muito bem dispostos a ouvir os seus problemas de acionista.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.