Resumo de A travessia: de Ismaeleyah a Higienópolis: a história de um judeu egípcio contemporâneo, de Alain Bigio
Mergulhe na emocionante jornada de um judeu egípcio em 'A travessia' de Alain Bigio. Humor e reflexão sobre imigração e identidade aguardam por você.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se preparem, leitores, porque estamos prestes a embarcar em uma viagem que vai de Ismaeleyah, no Egito, até Higienópolis, em São Paulo, digna de um tour de ônibus, mas com muito mais drama e história! No "A travessia", Alain Bigio nos presenteia com a saga de um judeu egípcio contemporâneo que, cá entre nós, tem mais reviravoltas na vida do que novela das oito.
Tudo começa com a narrativa de um povo que já foi o protagonista de tantos dramas e agora, na figura de nosso herói, explora o seu caminho para a nova vida em terras brasileiras. Chegamos a Ismaeleyah, uma cidade que parece ter saído de um conto de fadas - ou de uma história de avó com muito tempero. Bigio nos conta que a minoria judaica egípcia tinha seus encantos (e seus perrengues), mas a realidade política e social forçou muitos a cruzar o Atlântico, quase como aqueles que saem da roça em busca da vida na cidade grande, mas com um pouco mais de história e bagagem.
Nosso protagonista é como um peixe fora d'água, uma vez que decide que não estava mais a fim de viver sob a sombra do governo egípcio e das tensões sociais. Ele dá tchau para a sua terra natal e embarca numa verdadeira odisseia. O autor nos carrega junto nessa travessia, e, spoiler alert: não só de barco se faz a travessia! O caminho é cheio de desafios, desde a adaptação na nova cultura até aquele famoso "ôxi, aqui tem muito calor" que muitos imigrantes enfrentam.
Um dos pontos altos da narrativa é, sem dúvida, a cultura judaica, que é repleta de rituais, tradições e um toque de humor que só quem viveu pode entender. O contraste das tradições familiares do personagem com a nova vida em Higienópolis oferece um banquete de reflexões sobre identidade, pertencimento e, claro, sobre encontrar seu lugar ao sol (ou à sombra, porque calor é um problema).
À medida que a história avança, vemos nosso protagonista enfrentando várias adversidades, como quem decide ir para a balada em uma quarta-feira de cinzas. Ele carrega consigo as dores e alegrias de um povo e se depara com um novo desafio: como ser judeu em uma sociedade tão diferente. Assim, Bigio desenha, com maestria, a luta interna do personagem entre suas raízes e suas novas experiências.
A narrativa não é só uma crônica de vida, mas também um estudo sobre as diferenças culturais e o impacto da imigração nas relações humanas. É como se Bigio estivesse dizendo: "Viu só? A travessia não é só física; é uma jornada emocional e cultural também!" E de fato, a obra nos provoca a refletir sobre o que significa realmente pertencer a um lugar e a um povo.
Em suma, "A travessia" é um convite a repensar a questão da imigração, da nostalgia e da busca por um lar, tudo isso com um toque de humor e a sabedoria de quem já navegou por mares revoltos. Prepare-se para se identificar com a luta do personagem e rir em meio aos desafios da vida. É um lembrete de que, no fim das contas, todo mundo está apenas tentando se encontrar, seja em Ismaeleyah, Higienópolis ou qualquer lugar entre esses dois pontos.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.