Resumo de O Muro, de Jean-Paul Sartre
Aprofunde-se em O Muro, de Sartre, e descubra como a liberdade e a angústia se entrelaçam em contos que desafiam a condição humana.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se, leitor, porque estamos prestes a escalar os altos e baixos da alma humana com O Muro, essa coletânea de contos digna de um filósofo que não tem medo de provocar uma crise existencial em qualquer um que se aventure por suas páginas.
Em O Muro, Sartre, como bom existentialista que é, nos presenteia com quatro contos que discutem a liberdade, a angústia e, claro, a inevitável merda que é a condição humana. A obra é recheada de personagens que se encontram em situações de aperto, e não estamos falando de um simples engarrafamento no trânsito. Aqui, a tragédia está mais para um "Oi, tudo bem? Você já pensou que pode ser fuzilado a qualquer momento?".
O primeiro conto, que dá título à coletânea, "O Muro", coloca um grupo de prisioneiros republicanos na saga da sobrevivência durante a Guerra Civil Espanhola. Eles são capturados e colocados contra a parede - literalmente - enquanto refletem sobre suas vidas, suas escolhas e se têm alguma chance de escapar desse destino sombrio. E, adivinha só? Não há sinal de Netflix para aliviarem as tensões.
Em "A Casa de Férias", somos apresentados a um casal que decide passar sua férias em um lugar paradisíaco, mas, como tudo que vem de Sartre, essa tranquilidade é apenas uma ilusão. Afinal, o que faz parte da felicidade senão a consciência de que a qualquer momento podemos ser tragados pelo abismo do desespero? Ponto vital aqui: se a praia não é tudo isso, é melhor começar a procurar um plano B.
"Intimidade" traz à tona a relação conflituosa entre dois amantes que se debatem entre a possibilidade de serem felizes ou simplesmente se afundarem no pessimismo e na culpa. Sim, isso mesmo! Sartre faz parecer que o romance é só uma maneira complexa de darmos voltas em círculos emocionais e, no final, não chegarmos a lugar nenhum. Uma verdadeira novela das oito, só que mais existencialista.
Por último, mas não menos trágico, temos "Os Dons", onde um personagem se vê preso entre as expectativas sociais e seu desejo de ser livre, o que acaba gerando uma série de decisões questionáveis. Spoiler: ele não termina muito bem.
Então, se você está disposto a fazer uma viagem surreal pelo labirinto da mente humana e não se importar de sair pensando que a vida é uma grande piada sem graça, O Muro é a leitura perfeita para você! Afinal, como bem nos lembra Sartre, no fim das contas, somos todos prisioneiros da nossa própria existência - e, convenhamos, esse não é um destino tããão animador.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.