Resumo de Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis, de Roberto Schwarz
Descubra a análise provocativa de Roberto Schwarz sobre Machado de Assis em 'Um mestre na periferia do capitalismo'. Uma viagem pelas complexidades da literatura brasileira.
domingo, 10 de novembro de 2024
Se você está à procura de uma análise profunda e cheia de nuances sobre Machado de Assis, chegou ao lugar certo! Em Um mestre na periferia do capitalismo, Roberto Schwarz faz um serviço de detetive literário, explorando a obra do nosso querido Machado como quem investigasse um crime. Mas calma, não estamos falando de assassinatos: aqui a vítima é a literatura brasileira e o autor é o herói que vai desmascarar os vilões do nosso canon literário.
Schwarz começa pela periferia do capitalismo - uma expressão que já é, por si só, um tapa com luva de pelica no rosto da elite literária da época. Ele joga luz sobre o fato de que, enquanto a literatura européia se preocupava com o romantismo e dramas existenciais, os escritos de Machado navegavam em mares mais confusos e complexos, como um gato que decide pular na piscina para ver se nada acontece. E adivinha? Acontece, sim!
O autor mergulha no conceito de que Machado era um pouco como o anti-herói do capitalismo, escrevendo sob um olhar crítico e irônico sobre a sociedade brasileira do século XIX. Através de suas obras, ele não só retrata os dilemas da classe média emergente, mas também apontava os dedos para o sistema que estava engolindo todo mundo - e isso inclui a gente! Os personagens machadianos, com suas neuroses e dilemas existenciais, são um reflexo do conflito que existe entre a moralidade e a hipocrisia da sociedade.
Agora, vamos ao nosso amado "Dom Casmurro". Ah, Bentinho! Ou seria Capitu? Ou será que nem isso importa? Schwarz discute toda a habilidade de Machado em criar uma narrativa que não entrega tudo de bandeja, mas que nos leva a questionar até a cor do céu. Aqui, o autor revela como a ambiguidade machadiana é uma esbaforida dança entre a lógica e a emoção, onde o leitor se vê preso em um caprichoso labirinto de interpretações, como se estivesse jogando um jogo de tabuleiro em que a regra é nunca ter certeza de nada.
E não para por aí! A análise de Schwarz também mergulha nas influências de um Brasil que se despedia do colonialismo enquanto lutava para encontrar sua identidade nacional. O autor propõe que Machado de Assis, como um verdadeiro mestre, utilizava a literatura não só como um escapismo, mas como um instrumento de crítica social, questionando a condição da mídia e da classe média que emergia em meio à voracidade capitalista.
Spoiler alert: se você estava esperando um final feliz, pode ser que não encontre isso nas páginas de Machado! Mas a beleza dessa leitura está justamente nas camadas que Schwarz revela, permitindo que o leitor explore as complexidades da identidade brasileira através da obra do nosso querido escritor.
No final das contas, Um mestre na periferia do capitalismo é mais do que uma análise literária; é uma ode à genialidade de Machado de Assis e uma crítica mordaz à forma como a literatura muitas vezes é vista apenas como uma forma de entretenimento. Para aqueles que desejam entender melhor a riqueza da literatura brasileira, o livro se torna um verdadeiro guia nessa jornada fora da zona de conforto. Portanto, ajuste seu boné e prepare-se para navegar nessas águas literárias!
Resumindo, se você achou que Machado se resumiria a um "é ou não é?", Schwarz está aqui para mostrar que a resposta é muito mais emocionante - e talvez um pouco mais confusa!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.