Resumo de Pichação não é pixação, de Gustavo Lassala
Explore a diferença entre pichação e pixação no livro provocativo de Gustavo Lassala e descubra como a arte urbana dialoga com a sociedade.
domingo, 17 de novembro de 2024
Você já parou para pensar no que se passa na cabeça de quem rabisca pelas ruas, além de estar provavelmente precisando de um caderninho e uma terapia? O livro Pichação não é pixação, do autor Gustavo Lassala, é uma verdadeira viagem pelo universo das expressões gráficas urbanas, misturando arte e crítica social como quem coloca ketchup na batata frita: a combinação pode surpreender!
Neste pequeno grande compêndio de apenas 95 páginas (o que, convenhamos, é só um tiquinho para tantos rabiscos), Lassala se debruça sobre a diferença entre pichação e pixação. Sim, isso mesmo! Para quem estava achando que tudo se resumia a um "a" ou um "x", vem cá, que vamos desmistificar isso: pichação se refere a um tipo de grafite, geralmente espontâneo e, em muitos casos, associado a opiniões e reivindicações sociais. Já a pixação é mais um estilo que, embora também utilitário, é frequentemente ligado à estética do vandalismo - aquela sensação de que o artista estava morrendo de vontade de rabiscar e não tinha um papel por perto.
Lassala aponta que as duas expressões possuem significados e contextos diferentes, e ele não está aqui para brincadeiras; ele quer que você entenda que a ousadia dos pichadores pode ter um papel social, um diálogo com o ambiente urbano (mesmo que esse diálogo seja algo como: "olha o que eu fiz aqui" e "meu nome não é Gari, mas estou limpando as paredes").
Além disso, o autor discute a evolução da pichação ao longo dos anos, seus impactos nas comunidades urbanas e como essas intervenções gráficas se tornaram uma forma de expressão individual e coletiva, um grito visual em meio ao caos das cidades. Um spoiler? Prepare-se para entender por que alguns pichadores vão a fundo em suas obras, enquanto outros ainda se perguntam se o "a" é da pichação ou da pixação.
Mas não para por aí! Gustavo também propõe uma reflexão acerca do que consideramos arte e como a sociedade rotula esses artistas de acordo com seu próprio critério. A proposta do livro é tão provocativa que até os grafiteiros mais tradicionais (e os que só rabiscam o próprio nome em cima do muro da casa da avó) irão se ver em uma enxurrada de reflexões sobre seu próprio trabalho.
Ao longo da leitura, o autor desliza suavemente entre teoria e prática, apresentando conceitos importantes e trazendo exemplos que vão desde o underground até as exposições mais badaladas. E enquanto você ri, pensa e até se pergunta se seu vizinho não seria um artista pós-moderno disfarçado, a leitura se transforma em uma jornada pela cultura urbana.
Portanto, Pichação não é pixação é um convite ao entendimento e à reflexão no universo das expressões gráficas que cimentam as calçadas e muros de nossas cidades. Se você é do tipo que só enxerga rabiscos, prepare-se para ter sua visão ampliada (ou pelo menos um bom motivo para discutir com seu amigo sobre o que é arte). No fim das contas, Lassala nos faz refletir sobre como o caos urbano pode gerar beleza e crítica ao mesmo tempo, e quem sabe até descobrir que seu próprio "rabisco" pode ser um manifesto muito mais profundo do que um simples arranhão na parede. E aí, pronto para riscar seus próprios muros?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.