Resumo de Sagarana, de João Guimarães Rosa

Mergulhe na essência do sertão com Sagarana, de João Guimarães Rosa. Uma coletânea de contos que provoca risos e reflexões profundas.

Prepare-se para uma viagem pelo sertão brasileiro com Sagarana, essa obra onde o autor, João Guimarães Rosa, coloca seu chapéu de vaqueiro, monta na narrativa e nos leva a dançar no forró das emoções. Publicado em 1946, este livrinho não é só um punhadinho de páginas, mas um manifesto da genialidade literária, recheado de contos que parecem até crônicas de um sertanejo humorado, mas com aquelas pitadas de filosofia que fazem a gente pensar: "Onde eu estava com a cabeça quando não li isso antes?".

Sagarana é, na verdade, uma coletânea de contos, e cada um deles é como uma moqueca de peixe: tem seus temperos próprios, mas todos falam da mesma essência do sertão. O destaque vai para a linguagem encantadora e cheia de neologismos de Rosa, que combina uma nostalgia profunda com um vocabulário que você poderia jurar ter saído de um dicionário de palavras que nunca ouviu falar.

Nos contos, encontramos personagens que são verdadeiros mestre-jesus do sertão: humildes, sonhadores e por vezes tragicamente divertidos. Em "O Burrinho Pedrês", por exemplo, você vai se divertir com as peripécias desse animalzinho que mais parece uma estrela de circo. E, é claro, não podemos esquecer de "No Urutau", que nos mostra a ligação íntima entre o homem e a natureza, tudo isso temperado com um toque de surrealismo que Rosa adora.

Agora, se você está esperando um enredo linear com começo, meio e fim, pode ir assistindo a um filme de Hollywood. Aqui as coisas são um pouco mais tortas. A narrativa oscila entre o real e o fantástico, o que leva o leitor a se perguntar se realmente está entendendo ou apenas se perdeu no caminho. Essa é a beleza de Sagarana: uma eterna dança entre o humor, a dor e a solidão, tudo sob a luz ofuscante dos lampiões do sertão.

E, meus amigos, estando no sertão, não tem como não falar das relações humanas. Rosa faz disso sua pitada secreta. Os amores e desencontros são como a luta entre o sol e a chuva, intensos e imprevisíveis. Como em "A Hora e a Vez de Augusto Matraga", em que o protagonista se vê diante de suas escolhas entre a vida e a morte. E aqui entra um spoiler que nem vou dar, senão você me mata: a redenção é uma das grandes jogadas do autor.

Em suma, se você quer entender um pouco mais sobre o Brasil profundo, aquele que vive sob o calor do sol escaldante e sonha com a chuva, Sagarana é mais que um livro; é um mergulho na alma do sertanejo. Uma jornada que faz você rir, chorar e, principalmente, refletir. E tudo isso, claro, dentro de uma prosa poética que mais parece um samba de uma nota só, mas que, no fundo, é uma sinfonia de sentimentos. Então, pega o chapéu, arruma a bota e se prepara para ver a vida com olhos mais sábios - e, quem sabe, até descobrir que o mundo pode ser um pouco mais bonito do que parece.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.