Resumo de Pizzolato: Não existe crime perfeito, de Fernanda Odilla
Mergulhe na intrigante história de Antônio Pizzolato, onde corrupção e reviravoltas se misturam. Um resumo que não é apenas informativo, mas provocador.
domingo, 17 de novembro de 2024
A gente sabe que a vida de um autor que vira réu é como uma novela cheia de reviravoltas, e Fernanda Odilla decidiu fazer de Pizzolato: Não existe crime perfeito um verdadeiro "breaking news" literário! Aqui, a história gira em torno do ex-deputado e ex-chefão da Casa Civil, Antônio Pizzolato, que trocou os holofotes da política pelos holofotes de um tribunal. Se você está pensando que o livro é só mais uma biografia chata, a resposta é: "NÃO!" Porque a vida dele é repleta de surpresas e, claro, crimes que não são exatamente aqueles que a gente vê em filmes de Hollywood.
A narrativa começa apresentando o protagonista (ou antagonista, depende do ponto de vista) e suas ambições. Pizzolato era tão grande na política que poderia dar cartas em um campeonato de boleiros frustrados. A partir daí, Odilla vai desenrolando um novelo de acontecimentos que envolvem desvios de dinheiro, uma empreitada digna de um manual de como fazer tudo errado. Detalhe: ele foi o responsável por um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil - o esquema do mensalão. Spoiler alert!
À medida que você mergulha no livro, percebe que Pizzolato não estava apenas jogando xadrez, mas sim tentando fazer mágica com dinheiro público. Afinal, quem não gosta de um truque, não é mesmo? A autora vai contando como o "criminoso" se sente à vontade para usar a política como um palco e, claro, como o seu discurso se desfaz à medida que as acusações começam a chegar como um tsunami na praia durante uma tempestade.
Odilla também dá uma boa pincelada sobre a trajetória de Pizzolato. Ele não nasceu no berço de ouro (ou seria um berço de barro?), mas foi se moldando ao longo do tempo, fazendo conexões que o levaram a lugares altos (e, eventualmente, baixos) da política brasileira. O autor traz à tona a sua origem, a ascensão e, claro, a queda. O que era um "ouvir falar" de uma vida de luxo acaba se transformando em "caiu do cavalo" com a operação que o colocou atrás das grades. E não pense que ele foi o único do grupo, viu? O amigo dele, que eu não posso citar para não dar spoiler, é aquele clássico "a amizade é tudo", até que a ficha cai e a coisa fica feia.
A parte mais empolgante, é claro, são os desdobramentos e como ele tentou se safar das garras da justiça. Pizzolato teve mais tentativas de fuga do que alguns personagens de filme de ação! A autora não deixa escapar a tensão dos momentos críticos, onde a linha entre um "sou inocente" e "me entrego" fica tão tênue que dá vontade de dar um puxão de orelha nele.
A obra traz uma crítica afiada ao sistema político brasileiro e um olhar perspicaz sobre a forma como a corrupção se infiltra por entre as tramas do poder. Afinal, como Odilla bem expõe, não existe crime perfeito. E é nesse embalo que ela nos convida a refletir: será que as paredes têm ouvidos? Porque neste caso, as paredes gritaram.
E assim, com uma mistura de sarcasmo e crítica social, Pizzolato: Não existe crime perfeito não é apenas um retrato da vida de um político que se perdeu em suas próprias tramas, mas também um convite a pensar sobre como estamos sempre a um passo de nos tornarmos mais um na lista de "o que não fazer" em uma vida cheia de escolhas. Uma leitura que, apesar de ser pesada assunto, te faz rir - ou chorar - de desespero!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.