Resumo de A literatura no Brasil: era barroca/era neoclássica, de Afrânio Coutinho
Explore as nuances da literatura brasileira em 'A literatura no Brasil: era barroca/era neoclássica' e descubra o embate entre expressão e rigidez.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achou que a literatura brasileira começou com as redes sociais, sinto muito em te informar que está muito enganado. Afrânio Coutinho, nesse volumoso A literatura no Brasil: era barroca/era neoclássica, faz uma viagem em duas etapas: uma pelos delírios barrocos e outra pelos ares mais organizadinhos do neoclassicismo, como se estivesse navegando entre uma tempestade e um calmaria.
Logo de cara, o autor nos joga direto na era barroca, um período que mais parece um bazar de ideias onde tudo pode acontecer: ora temos poetas cavando fundo nas suas emoções, ora a Igreja tentando colocar um cabresto nos escritores que, coitados, só queriam expressar sua criatividade. Lira, poesia de amor ou religiosidade se misturam numa confusão plena; e olha, esse povo não tinha medo de usar metáforas que mais parecem um jogo de palavras cruzadas. Se você acha que seu amigo é dramático, espere só até ler as obras de Gregório de Matos! Ele quase poderia ganhar um concurso de quem escreve mais escandalosamente.
Avançando para a era neoclássica, somos apresentados a uma literatura que dá uma respirada, organiza as ideias e põe tudo em ordem, como se o barroco tivesse tido uma crise de identidade e decidido contratar um coach. É o momento em que a razão começa a brilhar, e o racionalismo vem com tudo. Aqui, as obras são mais centradas nas regras e na moralidade, como se os escritores tivessem se convencido de que "menos é mais". É quase como se fossem para uma sessão de terapia e voltassem focados no que realmente importava - que, neste caso, era escrever com elegância e conteúdo direto.
Coutinho ainda nos faz uma análise de autores que marcaram essas épocas, como o próprio Claudio Manuel da Costa, que tentava ser o bom moço da literatura, mas não conseguia escapar das pegadinhas do barroco. Ou seja, é uma série de personagens e narrativas que ilustram a tensão entre forma e liberdade criativa. E por último, mas não menos importante, ele também nos apresenta a crítica da época, que se não for sutil, não é crítica, certo?
Agora, alguns spoilers: o autor destaca o contraste entre a liberdade da expressão barroca e a rigidez neoclássica. É quase como se dissesse que a vida é uma balança entre ser um poeta explosivo e um vermelho-chegado à regra. Mas claro, isso tudo não se resume a um simples embate. A literatura é um reflexo da sociedade, e Coutinho nos mostra como esses períodos estão interligados - uma verdadeira linha do tempo onde se discutem valores, gostos e o eterno dilema entre a emoção e a razão.
Em resumo, A literatura no Brasil: era barroca/era neoclássica é como um passeio por uma galeria de arte literária, cheia de figuras curiosas, conflitos e, sem dúvida, muitas reflexões sobre a nossa cultura. Prepare-se para entender como o barroco nos deixou com a cabeça na lua e o neoclassicismo nos trouxe de volta ao chão, tudo isso com um toque de ironia e deboche, porque, claro, a literatura brasileira nunca foi só flores!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.