Resumo de Renato Archer. Energia Atômica, Soberania e Desenvolvimento, de Álvaro da Rocha Filho
Mergulhe na análise de Renato Archer. Energia Atômica, Soberania e Desenvolvimento e descubra como a energia atômica poderia impulsionar o Brasil.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você sempre quis entender como a energia atômica poderia ser o novo pão nosso de cada dia do Brasil ou, quem sabe, ainda se perguntar se alguma vez na vida poderíamos ter um super-herói chamado Renato Archer, então este livro é pra você! Renato Archer. Energia Atômica, Soberania e Desenvolvimento, de Álvaro da Rocha Filho, não é só um título longo, é um mergulho de cabeça na mistura de ciência, política e, claro, a eterna busca daquelas promessas mirabolantes de desenvolvimento que parecem mais sabotadas que as tentativas de fazer um omelete sem quebrar os ovos.
O autor começa contextualizando a figura de Renato Archer, um verdadeiro "mestre dos magos" na arte de unir a energia atômica ao desenvolvimento soberano do Brasil. Archer foi um dos grandes protagonistas no processo de desenvolvimento de uma política nuclear no país, e Álvaro da Rocha Filho não poderia deixar essa história de lado. A narrativa é recheada com fatos que nos levam a crer que, se você quer uma ideia de como se faz uma política pública sobre energia atômica, precisa observar o que Archer fez.
Ao longo do livro, o autor apresenta o desafio enfrentado pelo Brasil em seus anseios de se tornar uma potência nuclear - que é mais ou menos como sair na corrida para o último pedaço de pizza em uma festa, mas com muito mais radiação e menos gente. O autor aborda os dilemas éticos e políticos, a corrida armamentista e a luta pela autonomia, tudo isso enquanto nos mostra como a energia nuclear poderia ser utilizada para o desenvolvimento, sem precisar chamar o Goku para resolver os problemas.
Com uma escrita que vai do técnico ao quase poético (se é que é possível poetizar uma central nuclear), o livro desmistifica a ideia de que a energia atômica é só uma preocupação de nerds com óculos fundo de garrafa. Pelo contrário, Archer acredita que ela poderia servir para alavancar a indústria brasileira e melhorar a vida da população. Mas aí vem o "mas" em letras garrafais: lograr tal feito requer muito mais do que boas intenções e um labirinto de burocracia.
Archer teve que lutar contra os fantasmas do passado e, em muitos momentos, contra os próprios "fantasmas da Folha de São Paulo", que não ficavam muito contentes com a ideia de liberar a energia nuclear para uso civil. O autor ainda faz uma crítica ao como diversas intervenções políticas e econômicas acabaram engessando as possibilidades de desenvolvimento do setor, transformando o sonho de uma "Bela Adormecida" nuclear em um conto de fadas que nunca viu a luz do dia.
Se você ficou curioso e já está pensando que vamos dar um spoiler, calma! O livro não tem final trágico como em uma novela mexicana. Ele oferece uma visão dos desafios enfrentados e os caminhos que poderiam ter sido trilhados para tornar a energia atômica não apenas uma realidade, mas uma solução viável para o Brasil.
Em suma, Renato Archer. Energia Atômica, Soberania e Desenvolvimento é um passeio por um mundo que poderia ter sido e por um homem que ousou sonhar um Brasil nuclear enquanto todos ainda estavam preocupados com a energia do café. E quem não se interessa por um país que poderia estar bombando em tecnologia, mas que, em vez disso, ficou discutindo se deve ou não usar papel filme na comida? Então, se jogue na leitura e descubra os meandros que poderiam tornar o Brasil uma potência atômica (ou pelo menos uma ex-potência que sonhou ser uma).
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.