Resumo de Lacerda na Guanabara. A Reconstrução do Rio de Janeiro nos Anos 1960, de Maurício Dominguez Perez

Explore a transformação do Rio de Janeiro nos anos 60 com 'Lacerda na Guanabara'. Entenda as polêmicas e o legado de Carlos Lacerda nesta era tumultuada.

Ah, os anos 1960 no Brasil! Esse foi um período incrível que nos trouxe o melhor do samba e o pior da política - um verdadeiro ioiô em que a cultura subia e descia de acordo com os ventos da ditadura. Em Lacerda na Guanabara, Maurício Dominguez Perez nos apresenta essa época nebulosa com foco em um personagem icônico: Carlos Lacerda, o cara que seria tão amado quanto odiado - dependendo de quem você perguntasse.

Vamos lá! O livro traça um panorama da reconstrução do Rio de Janeiro durante os anos 60, e, adivinha? Lacerda estava lá como o governador da Guanabara, e acredite, ele transformou o estado em um verdadeiro cenário de novela das oito - isso se as novelas tivessem a audácia de incluir quebras de plantações, marchas para a liberdade e tretas políticas.

Começamos com um Lacerda cheio de ideias para reconstruir o Rio. O carioca meio que não pediu isso, mas ele decidiu que "um novo Rio de Janeiro" era uma necessidade. E ele tinha planos, e que planos! Desfazer alguns pontos turísticos carcomidos e trazer outras construções? Sim, claro! Mas a prática foi mais difícil que a teoria, e Lacerda foi se envolvendo em polêmicas que rivalizavam com os barracos da cantora de MPB.

A obra explora as tensões entre o desenvolvimento urbano e o desejo do carioca de viver em harmonia e, pasmem, sem tapumes! Se por um lado tínhamos a modernização, por outro, havia as vozes da resistência, como se a cidade estivesse em um eterno grito de "não mexe com meu patrimônio, amigo!". Pérez dá uma boa dose de detalhes sobre as obras, como a transformação do centro da cidade e a relação de amor e ódio que os cariocas tinham com elas.

E não podemos esquecer da grana envolvida, porque nas obras é sempre a mesma música: quem paga? O texto também narra os conflitos de poder e as alianças que não eram lá muito altruístas. O dinheiro, claro, transformou-se em um verdadeiro protagonista, levando ao fio da navalha e revelando a esquisitice das articulações políticas.

Em termos de spoilers, não se preocupe! A obra é mais um relato histórico do que um thriller. Pérez nos presenteia com anedotas onde Lacerda parece mais um artista do circo do que um político tradicional. Ele entra e sai do estrelato, e o povo carioca se vê em um jogo de xadrez - a cidade é a peça, e os monetários são os bonecos que dançam. Chega até a parecer que o Rio está em uma roda de samba, e todos estão de olho nas pulseiras e nas oportunidades que podem surgir.

E, claro, o autor nos deixa com uma reflexão sobre o legado de Lacerda na cidade e os desdobramentos que isso trouxe para as futuras gerações. Ele foi o responsável por uma Rio de Janeiro que muitos amam e outros tantos criticam até hoje. Então, se você quer saber como o Rio saiu do buraco até a glamourização e urbanização, Lacerda na Guanabara é seu bilhete de entrada para essa viagem do tempo.

No final das contas, embora a obra não forneça respostas fáceis, dá sim uma boa olhada sobre o impacto de um governante que parecia saber o que queria, mas talvez não soubesse como. E assim seguimos, com a certeza de que o Rio de Janeiro é uma cidade que nunca para.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.