Resumo de Otelo, de Jennifer Mulherin
Em uma versão condensada, Otelo de Jennifer Mulherin revela os perigos do ciúme e da traição em um drama shakespeariano repleto de reflexões.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Otelo! Apear de Jennifer Mulherin ter se aventurado a fazer uma versão condensada desse clássico, a história original escrita por William Shakespeare merece seu lugar ao sol. E a gente sabe que o que não falta por ali é muito drama, ciúmes e um toque de tragédia, porque, convenhamos, o que seria de um Shakespeare sem um bom e velho "morra de amor"?
Aqui, temos Otelo, o protagonista, que não só é um general respeitável, como também é um Moor (o que solta várias piadas racistas, mas a gente tem que lembrar que está no século XVII). Ele caiu de amores por Desdêmona, uma mulher com uma beleza que faria até um anjo ficar com inveja. O problema? O ciúme, ou melhor, o Iago. Esse é o capacho do Otelo que, em vez de ser grato por ter um emprego, decide que vai ser o cúmplice do "bagulho" e criar um enredo digno de novela das nove para fazer o general sofrer.
Iago, que por um toque de bondade parece ter um coração de pedra (assim como os homens que fingem ser amigos, mas só querem ver seu mundo pegar fogo), começa a semear a discórdia, insinuando que a bela Desdêmona está dando para mais alguém. Um tal de Cassio, que, vamos ser sinceros, é um verdadeiro galã sem querer. E é aí que as coisas começam a desandar. Otelo, entre um episódio de giros de ciúmes e uma enorme falta de comunicação, acaba acreditando mais no "amigo" do que na própria esposa. Muito previsível, né?
Como todo bom drama shakespeariano, a história vai seguindo para um clímax em que a ausência de diálogos francos e a confiança mal colocada transformam tudo em um verdadeiro espetáculo de tragédia. Spoiler alert: não acaba bem! Otelo, em uma crise existencial e com o coração aos pedaços, assume a trágica culpa que, vamos combinar, poderia ter sido evitada com um pouco mais de diálogo e menos "Eu ouvi falar que você fez isso".
Por fim, Otelo, mesmo na versão resumida de Mulherin, traz à tona temas como ciúme, traição e as consequências de acreditar nos outros mais do que em quem se ama. Quanta lição, não é mesmo? Uma história que, mesmo sendo triste, tem seu valor e dá uma boa reflexão sobre confiança e o quanto é fácil ceder às sombras da dúvida.
E fica aqui a lição de Shakespeare: "Ciúmes não trazem nada de bom, mas tragédias, ah, essas, sempre serão sucesso!"
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.