Resumo de A Travessia, de William P. Young

A Travessia, de William P. Young, leva você a uma jornada espiritual repleta de questionamentos. Descubra como Mack lida com a dor e busca respostas sobre Deus.

Prepare-se para uma viagem que, se fosse um ônibus, não teria banheiro e paradas infindas! Em A Travessia, William P. Young nos apresenta uma narrativa que é tão profunda quanto um pântano, mas com uma leveza que muitas vezes faz a gente esquecer que estamos lidando com questões existenciais profundas.

A história gira em torno de Mackenzie Allen Phillips, ou simplesmente Mack. Ele é um homem que, como muitos de nós, já passou por um bocado de dor na vida. A trama se inicia super dramática, com um evento que ninguém gostaria de ver. Mack enfrenta uma tragédia familiar que não é nada leve: a perda de sua filha mais nova, Missy, que sumiu em um passeio durante um acampamento - e, sim, você já pode imaginar que as coisas não acabam bem na primeira parte. Spoiler: Missy está, em suma, nos braços do vilão, ou melhor, de um criminoso que não deve ser mencionado na ceia de Natal.

A dor e o desespero de Mack o levam a um ponto tão baixo que ele acaba se perguntando se Deus realmente existe. É nesse momento que uma carta misteriosa aparece, convidando-o a passar um final de semana em uma cabana no meio do mato. E adivinha? É lá que suas ideias preconcebidas sobre a divindade vão ser colocadas à prova. A cabana não é só uma simples cabana, mas sim um ponto de encontro com Deus, Jesus e o Espírito Santo - e, não, não é uma convenção de igrejas.

Lá, ele se encontra com Papai (sim, é assim que Deus é chamado na história - nada de "Senhor" por aqui), que é uma senhora afro-americana que faz um mingau de aveia de dar água na boca. Junto a ela, Jesus (um cara bem descolado e que até se parece com um carpinteiro) e o Espírito Santo (uma mulher chamada Sarayu, que adora falar em metáforas e arbustos). A conversa entre esse trio dinâmico e Mack é recheada de questionamentos, discussões e, claro, uma dose de esperança. Neste espaço seguro, Mack é forçado a confrontar suas crenças e sua dor de forma que você, leitor, talvez jamais tenha pensado em fazer - tudo enquanto talvez um pouco de pipoca para ir acompanhando a ação.

Os diálogos são intensos, e vocês vão perceber que Young se comprometeu a colocar no papel muito do que, sei lá, talvez você também pergunte se Deus existe. Ele questiona o sofrimento humano, a natureza do perdão e a relação que temos com a fé. E, claro, o autor não economiza nos elementos de mistério e clima de tensão - algo que deixa você se perguntando o que mais vai acontecer logo depois que achar que já viu de tudo.

E, spoiler, a travessia de Mack não é apenas uma jornada física até a cabana, mas é, de fato, uma grande alegoria da sua luta espiritual. Ele retorna para casa não apenas como um pai enlutado, mas como alguém que se permitiu abrir seu coração para novas possibilidades - e pasmem, isso inclui o perdão, que, convenhamos, não é tarefa fácil!

Resumindo, A Travessia é uma verdadeira montanha-russa de emoções - à la "Você não consegue descobrir o que é a vida". Fica a dica: se você precisa de um empurrãozinho para encarar as suas questões mais profundas ou mesmo se você ama uma leitura que faz você refletir sobre tudo e mais um pouco, aqui está! (Só não esqueça o lencinho, porque o choro é garantido!)

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.