Resumo de Capitão Furtado, Viola Caipira ou Sertaneja?, de J. L. Ferrete
Explore a relação entre a viola caipira e a música sertaneja moderna em 'Capitão Furtado' de J. L. Ferrete. Uma viagem pela identidade cultural brasileira.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você pensava que "Capitão Furtado, Viola Caipira ou Sertaneja?" era apenas mais um livrinho de música sertaneja para encher linguiça, prepare-se para se surpreender! J. L. Ferrete não está aqui para contar apenas causos de violeiro ou fazer serenatas; ele mergulha fundo na rica e complexa história da música popular brasileira, especialmente a partir da figura emblemática da viola caipira.
A obra abre com um panorama do contexto sociocultural que deu origem à música sertaneja. Ferrete coloca o leitor à par das influências que moldaram esse estilo musical. Ah, e spoiler: não é só que a viola faz parte do cenário; a música é um reflexo das tradições, lutas e anseios das comunidades do interior. A ideia é que a viola não é só um instrumento, mas sim uma extensão da identidade cultural do povo brasileiro. Poético, né?
Uma das partes mais interessantes do livro é quando o autor analisa a dualidade entre a viola caipira e a música sertaneja moderna. Enquanto a primeira traz uma sonoridade que ecoa nas tradições e na ruralidade, a segunda muitas vezes se parece mais com um desfile de estrelas pop com letras que falam de corações partidos e festas. Ferrete não tem medo de criticar essa transformação: "Onde estão os versos que falavam sobre as labutas do dia a dia, os amores simples, e as belezas do campo?" - ele questiona. O autor provoca o leitor a refletir sobre o que se perdeu na evolução da música.
O Capitão Furtado em si não é só um personagem da música; é a representação de uma cultura que ainda quer resistir entre os acordes do xote e do modão. Aliás, quem não gostaria de um capitão que entoa belas canções de amor em um cenário rural? Ferrete fala sobre as histórias que as canções contam e como elas se entrelaçam com as memórias e as vivências do povo.
Além disso, Ferrete também dá uma pincelada na evolução da instrumentação e das técnicas de tocar viola, surgindo a importância dos "causos" que cada violeiro carrega e transmite para as novas gerações. Isso mesmo, o que seria do sertanejo sem aquelas histórias que a gente ouve nas rodas de viola com uma cervejinha na mão?
Para fechar, "Capitão Furtado, Viola Caipira ou Sertaneja?" não é só um convite à reflexão sobre a música, mas também uma verdadeira aula sobre identidade cultural. Através de uma prosa leve, Ferrete convida os leitores a dançar ao som da viola e a entender que, por trás das notas, existe um pedaço do Brasil que clama por reconhecimento.
Então, se você achou que ia apenas comprar um livro sobre violeiros e suas serenatas, é hora de amarrar as botas, colocar o chapéu e se jogar nesse passeio emocionante pela música que faz coração bater e pé arrastar. E lembre-se: a viola pode ser a alma do sertão, mas a gente sempre pode dar um toque de modernidade sem esquecer das raízes. Quer mais Brasil que isso?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.