Resumo de O Poder Judiciário No Regime Militar (1964-1985), de Vladimir Passos de Freitas, Ivy Sabina Ribeiro Morais e Thanmara Espínola Amaral
Explore a crítica ao Judiciário durante o regime militar no Brasil (1964-1985) e suas implicações na democracia. Uma leitura reflexiva e instigante.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, o Brasil entre 1964 e 1985! Um período recheado de repression, marchinhas de carnaval de garganta entalada e um Judiciário que nem sempre foi o herói que esperávamos. No livro O Poder Judiciário No Regime Militar, os autores Vladimir Passos de Freitas, Ivy Sabina Ribeiro Morais e Thanmara Espínola Amaral trazem à tona uma análise crítica do papel dos juízes, das leis e, claro, dos "super-heróis" travestidos de burocratas que atuaram nos tribunais durante esse período obscuro da nossa história. Prepare seu vasinho de flores e uma pipoca, porque os spoilers aqui são mais sobre eventos históricos do que desfechos românticos!
O livro começa com uma contextualização necessária. Aqui, os autores nos ensinam que, embora o golpe militar tenha sido em 1964, ele não saiu de cena com a mesma rapidez com que entrou. Em vez disso, instaurou-se um regime que, a cada nova decisão judicial, se tornava mais ou menos parecido com aquele tio chato nas festas de família que não sabe a hora de ir embora. O Judiciário, por sua vez, que deveria ser o guardião da justiça, ficou lá, encolhidinho, enquanto a ordem militar se estabelecia.
Uma das partes mais interessantes (e, por que não, irônicas) do livro é quando os autores discutem a legitimação do regime pelos tribunais. Eles desvendam a mágica do "com o poder vem a responsabilidade", mas, para o Judiciário, parece que era mais "com o poder vem o silêncio". O tribunal, em muitos casos, se tornava cúmplice das atrocidades cometidas pelo governo militar, tudo em nome da "ordem e progresso". Fica a pergunta: onde estavam os super-heróis da Justiça quando a tortura estava na moda? O livro revela um Judiciário que preferia olhar para o lado enquanto a democracia desmoronava.
No entanto, a história não acaba em tragédia! Os autores também discutem como o Judiciário começou a se reerguer a partir da redemocratização nos anos 80. Há uma linguagem leve ao descrever a transição do regime militar para a democracia, como um adolescente que finalmente se vê livre dos pais superprotetores. Essa nova fase trouxe à tona decisões que começaram a questionar as práticas jurídicas anteriores e foram fundamentais para restabelecer direitos e garantias fundamentais.
Além disso, a obra aborda a reforma do sistema judicial e suas tentativas de recuperar a credibilidade perdida. Os autores comentam, com um olhar minucioso, o impacto de decisões importantes e como a Constituição de 1988 foi um divisor de águas para o Judiciário, que, assim como as minissaias, teve que se reinventar para se adaptar aos novos tempos.
E por falar em reinventar, o livro ressalta que, mesmo após a ditadura, o Judiciário ainda enfrenta desafios. Infelizmente, alguns comportamentos e práticas da era militar podem ser vistos até hoje, como um espírito que se recusa a ir embora da casa assombrada.
Spoiler alert! No final, o livro não traz soluções mágicas para os problemas do Brasil. Em vez disso, é uma reflexão crítica e repleta de fatos históricos sobre como o Judiciário se comportou (ou não) no período militar e as consequências disso para o presente. Então, se você pensou que era apenas um "tá tudo certo, vou me esquivar da Justiça", pense de novo!
Em suma, O Poder Judiciário No Regime Militar (1964-1985) não apenas narra os eventos; ele também provoca você, leitor, a refletir sobre o papel da Justiça em épocas de crise. É uma leitura necessária e cheia de nuances que, assim como a política brasileira, é rica em dramas e reviravoltas!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.