Resumo de Niilismo e Hierofania, de Alexandre Marques Cabral
Explore a batalha filosófica entre Nietzsche, Heidegger e a tradição cristã em 'Niilismo e Hierofania'. Uma reflexão provocadora sobre o ser e a moralidade.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você acha que filosofar é a mesma coisa que discutir qual o melhor sabor de sorvete, sinto lhe dizer que você está muito enganado! Niilismo e Hierofania, de Alexandre Marques Cabral, traz um pinguinho de Nietzsche, uma pitada de Heidegger e um tantinho da tradição cristã, numa receita que talvez você não esteja preparado para degustar. Afinal, qual seria o resultado do confronto entre esses pensadores e as ideias que eles sustentam? Prepare-se, porque a leitura desse livro pode ser tão densa quanto os diálogos de um filme de terror psicológico.
Logo de cara, Cabral nos apresenta a figura de Friedrich Nietzsche, que aparece escandalizando a galera com seu famoso "Deus está morto". Sim, é isso mesmo! Aqui não tem espaço para Deus com a moldura de ouro e um sorriso benévolo. Para Nietzsche, a moral cristã é um truque bem arquitetado e que precisa ser desaprendido. Ele sugere que o niilismo, essa febre que faz muitos de nós acharem que tudo não passa de um grande drama da existência, é algo que devemos enfrentar e superar. O herói é, claro, o Übermensch, ou o "Além do Homem". Básicamente ele diz que, se estamos tão cansados de tudo, que tal nos reinventarmos como indivíduos autônomos e cheios de poder? Um convite para a balança de pesos e medida das existências.
Em contraponto, temos Martin Heidegger, que faz uma visita inesperada e traz consigo o conceito de ser e tempo. Este, por sua vez, se preocupa em entender a existência e a finitude do ser humano, porque ninguém aqui está a fim de "existir à toa", não é mesmo? Ele discute a análise da linguagem e a conexão entre ser, nada e o tempo. O que mais parece uma conversa de bar bem embriagada, onde todo mundo começa a falar sobre a vida e suas essências, mas com um toque mais elevado. Heidegger se senta no centro da mesa e tenta manter a ordem no meio desse debate existencial.
Agora, se você achou que essa conversa estava limitando-se apenas ao niilismo e à presença de um Deus bem questionado, pense de novo! Cabral também insere a tradição cristã nessa baderna toda. Na verdade, será que a moralidade cristã sobrevive a tamanhas críticas? A proposta é entender como a fé e a razão se relacionam e se confrontam, e se, de fato, a tradição cristã consegue dar um chacoalhão nos postulados niilistas apresentados por Nietzsche. Afinal, essa batalha tem um toque dramático, digna de um grande épico!
Ao longo do livro, o autor desenvolve suas considerações sobre essa luta de titãs filosóficos e propõe uma reflexão sobre o que resta do homem em meio ao niilismo contemporâneo. O que acontece quando o homem, fustigado por essas crises existenciais, encontra uma especie de hierofania - um momento em que o sagrado se revela? Spoiler alert: aqui não há uma resposta concreta, mas um convite à reflexão que pode fazer muita gente recalcular a rota da vida. E, apesar de ser denso e recheado de conceitos complexos, Cabral não deixa a peteca cair e mantém a lucidez necessária para que os leitores façam as conexões sem precisar de um mapa.
Resumindo a bagunça: Niilismo e Hierofania não é para quem busca um momento relaxante, mas sim para aqueles que estão dispostos a entrar na arena filosófica e sair questionando se realmente precisamos de um Deus ou se o poder do homem está dentro dele mesmo. Uma verdadeira luta de ideias, que promete deixar os leitores mais reflexivos e, quem sabe, até mais confusos! Então, prepare-se para a batalha e boa sorte na sua busca por respostas!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.