Resumo de Peregrinos e peregrinação na Idade Média, de Susani Silveira Lemos França, Renata Cristina de Sousa Nascimento e Marcelo Pereira Lima
Em 'Peregrinos e peregrinação na Idade Média', desvende as aventuras e os desafios enfrentados pelos viajantes em busca de fé e propósito.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma jornada tão longa quanto... bem, uma peregrinação medieval! Em Peregrinos e peregrinação na Idade Média, nossos autores, Susani Silveira Lemos França, Renata Cristina de Sousa Nascimento e Marcelo Pereira Lima, fazem uma verdadeira viagem no tempo para te levar a entender como nossos antepassados se divertiam (ou não) em suas trombadas de fé.
O livro começa de forma bem didática, contextualizando o cenário religioso e social da Idade Média. Aqui, a gente descobre que a peregrinação não era só uma desculpa para fugir das obrigações familiares - ah, se meu filho pudesse usar essa justificativa! -, mas sim um ato de fé, onde as pessoas atravessavam terras, cidades e até algumas montanhas para visitar lugares sagrados. Porque, convenhamos, ficar em casa nunca foi tão atraente.
Os autores desvela os tipos de peregrinações que existiam. Desde as famosas rotas a Santiago de Compostela, que, se você não sabia, é tipo o destino de férias perfeito da época (com muito menos Instagram, claro), até os caminhos rumo a Roma. Leva-se em conta que você não só estava caminhando, mas também encontrando uma galera muito diferente ao longo do caminho - uma verdadeira experiência social. E quem não adora um bom papo entre um passo e outro?
As dificuldades da viagem também são abordadas. Ah, o cheirinho de suor e a falta de banho! Os peregrinos enfrentavam jornadas que pareciam maratonas sem medalha, e aqui você pode esperar um pouco de humor negro, porque quem diria que o caminho para a salvação incluía tanto perrengue? Os autores explicam como os viajantes costumavam improvisar em relação à alimentação, como se alimentar de pão e água por semanas fosse a ideia mais brilhante do mundo.
Ainda, o livro toca na organização das peregrinações, e dessa parte você vai adorar. Porque, sim, mesmo na Idade Média havia organização, com albergues e o famoso "cama e café". Eu imagino as resenhas dos albergues da época: "atendimento bom, mas o banheiro deixa a desejar". E tudo isso com uma pitada de religiosidade, já que muitos peregrinos acreditavam que a cada passo estavam mais próximos do céu (além de provavelmente mais longe de um bom chuveiro).
E, claro, não poderia faltar a análise da representatividade do peregrino na arte e na literatura da época. É, meus amigos, teve gente que fez carreira contando essas histórias, enquanto nossos heróis estavam suando a camisa na estrada. Imagine só a quantidade de relatos sobre encontros bizarros, desabafos e até algumas trapaças que rolavam entre os "peregrinadores".
Por último, mas definitivamente não menos importante, o livro se despede com uma reflexão sobre o significado do ato da peregrinação nos dias de hoje. Apesar de não haver mais necessidade de passar por todo esse sofrimento para conseguir uma vaga no céu (obrigado, modernidade!), a jornada continua viva não só nas crenças, mas também na nossa busca por propósito e conexão.
E, para quem ficou curioso, sem spoilers aqui - mas já aviso que se você estiver esperando uma história de amor entre peregrinos, é melhor procurar na prateleira do romance medieval. Afinal, o que rola no caminho de Santiago, fica no caminho de Santiago!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.