Resumo de Os Filmes na Gaveta, de Michelangelo Antonioni
Mergulhe nas reflexões de Antonioni sobre cinema e vida em 'Os Filmes na Gaveta'. Uma leitura que explora a genialidade por trás de ideias não filmadas.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já teve um dia em que se sentiu como um potato assistindo filmes em um sofá, completamente alheio ao mundo, bem-vindo ao círculo de Antonioni! Os Filmes na Gaveta é como um diário de um artista com a câmera na mão e muitas histórias para contar, mas também, é claro, o primeiro rascunho de como não se deve fazer um filme - porque, convenhamos, quem nunca teve uma ideia brilhante que desapareceu na gaveta?
Neste livro, o diretor italiano Michelangelo Antonioni, conhecido por sua habilidade em fazer filmes que te fazem questionar tudo na vida (inclusive a sua própria existência), compartilha seus pensamentos sobre a sétima arte. E quando falamos de meras ideias rejeitadas e projetos não realizados, é como abrir a gaveta de um gênio: cheia de rascunhos, frustrações e aquela sensação de "poderia ser melhor".
O conteúdo do livro é dividido entre relatos pessoais, reflexões sobre a criação cinematográfica e outros pensamentos que mais parecem saídas de uma conversa de bar entre diretores surpresos com a própria genialidade. Antonioni discute a relação entre o cinema e a realidade, e como a linguagem visual pode traduzir (ou até distorcer) emoções humanas. Ele também dá um tapa na cara da superficialidade do entretenimento, lembrando que "filmes sobre a vida devem ser tão complexos quanto a vida real" - algo que muitos que trabalham com blockbusters provavelmente não entenderão.
E claro, esse livro também traz um punhado de digressões sobre o que significa ser um autor em um mundo onde vários filmes aguardam ansiosamente a sua vez na gaveta. Uma verdadeira lição sobre como criar e posteriormente desapegar (ou não) dos seus próprios projetos. Spoiler: às vezes, a gaveta se torna um lugar mais seguro que a tela grande!
Enquanto Antonioni fala sobre seus filmes e projetos de forma quase poética e filosófica, você acaba se perguntando se ele estava mesmo falando sobre cinema ou era uma metáfora da vida. A verdade é que, por trás de toda a reflexão, existe uma crítica social bem colocada, como um bônus que você não espera quando abre um chocolate.
No fundo, Os Filmes na Gaveta é uma viagem através da mente de um cineasta que tinha mais ideias do que tempo para realizá-las e que se usou de suas frustrações para criar uma obra que pode ser tanto uma leitura inspiradora quanto uma reflexão bem-humorada sobre a vida e o cinema. E se você achou que a gaveta era um lugar para guardar tralhas, Antonioni com certeza vai te convencer do contrário.
Então, prepare-se: pegue sua pipoca e venha passar um tempo com esses filmes não filmados. Porque a vida pode ser um filme - mas um filme que, por acaso, não foi produzido.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.