Resumo de O Pavilhão Dourado, de Yukio Mishima

Mergulhe na trama de O Pavilhão Dourado, onde a obsessão de Mitsuko pelo templo em Kyoto revela dilemas humanos e a busca pela beleza e perfeição.

Se você achava que a história de um templo bonito e sua relação com um jovem atormentado por inseguranças não poderia ser divertida, é porque ainda não conheceu O Pavilhão Dourado, de Yukio Mishima. Prepare-se para um passeio por Kyoto, onde a beleza e a obsessão se encontram de maneira um tanto... peculiar.

A narrativa gira em torno de Mitsuko, um rapaz que vive assombrado por sua aparência e por um complexo de inferioridade digno de um adolescente em crise existencial. Para melhorar as coisas, o garoto decide que, em vez de se tornar um Pokémon evoluído como qualquer jovem normal, ele se tornará um monge, se embrenhando nas tradições do Kinkaku-ji, o famoso templo dourado de Kyoto. Acontece que não é só ele que está encantado com a beleza do templo; a obsessão por essa estrutura é tanto que ele se sente como uma mariposa voando em torno de uma lâmpada que poderia, tranquilamente, chamá-lo de seu novo lar.

A vida de Mitsuko toma um rumo complicado após ele se tornar um estudante no templo. Enquanto ele tenta meditar, os seus dilemas vão crescendo como um bolo de aniversário malfeito: um pouco de inveja, uma dose de tristeza e, por que não, um punhado de amor não correspondido. Ele se vê dividido entre seus sentimentos profundos, sua adoração ao templo e uma rivalidade desnecessária com o belo monge que habita por lá. Spoiler: a rivalidade, que poderia ser uma simples dinâmica de "amigo ou inimigo", acaba gerando consequências trágicas.

À medida que a história avança, Mitsuko se vê cada vez mais atraído pelo templo, cujos encantos o seduzem e, ao mesmo tempo, o consomem. Sua obsessão chega ao ponto de ser mais intensa do que a de um fã ardoroso por uma boy band, e ele acaba decidindo que a única solução para seus problemas é... você já deve ter imaginado, mas não vou contar. Uma dica: não é nada que envolva uma serenata romântica ou flores.

Mishima usa essa história para abordar temas como a busca pela beleza, a moralidade e como as obsessões podem transformar uma pessoa comum em um verdadeiro desastre. O autor nos dá uma lição sobre como, às vezes, a busca pela perfeição pode nos levar a lugares sombrios - especialmente quando se está apaixonado por um monte de pedras e ouro, em vez de, sei lá, pessoas.

A obra, escrita com uma prosa poética e visual, é um convite a refletir sobre a relação entre a arte e a vida, e como a beleza pode se tornar tanto um refúgio quanto uma maldição. No fim das contas, O Pavilhão Dourado se apresenta como uma miríade de emoções humanas, onde o bonito e o trágico dançam juntos em um balé que nos faz questionar: até que ponto estamos dispostos a sacrificar tudo por uma visão (ou um templo) dourado?

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.