Resumo de O Estrangeiro, de Albert Camus
Explore a jornada de Meursault em 'O Estrangeiro', de Albert Camus. Uma reflexão sobre a vida, morte e a absurda busca por sentido.
domingo, 17 de novembro de 2024
Em um verão escaldante e com uma leve brisa de absurdidade no ar, encontramos nosso herói anti-heroico, Meursault. Ele é aquele tipo de cara que nem sabe como é compartilhar a vida com o outro, e, pasmem, também não se importa muito com isso. A obra O Estrangeiro, escrita por Albert Camus, já começa com uma bomba: "Hoje, minha mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei." E para quem se pergunta se ele estava com saudade, bem, a resposta é um sonoro "tanto faz!".
Meursault é um funcionário público que vive uma vida monótona e sem maiores emoções. O homem leva uma existência que parece guiada pelo relógio e pela rotina do cotidiano. A única coisa que realmente parece causar revolta em seu coração é o calor e seu amor inexplicável por tomar banhos de sol. Não seria nada surpreendente se ele fosse classificado como morto-vivo, porque isso é exatamente o que ele parece ser. E quando a mãe dele morre, ele apenas participa do funeral como quem vai ao supermercado.
Os pontos altos da narrativa incluem eventos que giram em torno de sua vida após a morte da mãe, seu relacionamento com Marie, uma mulher por quem ele se casa - mas, claro, sem muito entusiasmo. Além disso, temos a figura de Raymond, um verdadeiro estudante da arte de arranjar encrenca, que arrasta Meursault para um conflito com árabes. E adivinha? O que começa como uma simples treta esquematizada culmina em um assassinato que nem mesmo Camus consegue limpar.
Spoiler alert! Depois de um dia de calor insuportável na praia, Meursault, num momento que poderia ser facilmente descrito como um "deixa disso", dá um tiro em um árabe. E a partir desse momento, a vida dele acaba se tornando um verdadeiro espetáculo judicial. Em vez de focar no assassinato em si, o tribunal se volta para o seu comportamento após a morte da mãe e aos seus sentimentos - ou à falta deles - como se isso explicasse o processo. Afinal, quem se importa com um homicídio se o crime mais hediondo é não se lamentar adequadamente por uma mãe morta?
Quando finalmente Meursault é considerado culpado, ele acaba refletindo sobre a vida, a morte e, é claro, o absurdo da existência. A narrativa termina com ele confrontando sua própria realidade e se dando conta de que é um estrangeiro não apenas em relação ao mundo, mas também em relação à sua própria vida.
Com um enredo que te faz sentir que a vida não tem realmente nenhum sentido - o que, convenhamos, é bem típico do estilo de Camus - O Estrangeiro explora a alienação e a busca por um sentido em um universo indiferente. Para muitos, este livro é uma jornada pela absurda experiência humana e, de quebra, um convite para fritar seus neurônios na busca de respostas que, sinceramente, talvez não valham a pena. Afinal, qual é o sentido de tudo isso, não é mesmo?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.