Resumo de Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector

Mergulhe na intensa jornada emocional de Joana em 'Perto do Coração Selvagem', onde Clarice Lispector revela dilemas existenciais e autodescoberta.

Se você acha que o coração selvagem é só uma batuqueira em transe na natureza, é melhor se preparar para uma verdadeira viagem emocional e psicológica com Clarice Lispector. Perto do coração selvagem é a história de Joana, uma jovem que tem um coração tão selvagem que, se fosse um animal, precisaria de um abrigo de segurança em vez de um zoológico.

Joana cresce num ambiente familiar peculiar, quase como um filme de terror psicológico com pitadas de drama familiar. Ela não é exatamente a típica heroína: cheia de conflitos internos, busca incessante por identidade e repleta de questionamentos existenciais que vão de "Quem sou eu?" a "Por que meu café está frio?". A menina parece se perder entre os desejos e as expectativas que os adultos jogam sobre ela, enquanto tenta descobrir o que realmente faz seu coração bater mais forte (spoiler: não é só o amor romântico, mas também a dor e o sofrimento).

A narrativa acompanha a vida de Joana em várias fases, desde a infância até a fase adulta, passando por desilusões amorosas, rebeldias e suas reflexões profundas sobre o sentido da vida. E sim, temos conflitos existenciais à la Clarice: "Por que existe o sofrimento?" e a eterna busca pelo autoconhecimento. É como se Joana estivesse em uma montanha-russa emocional e a única coisa que ela conseguisse perguntar ao operador da atração era: "Por que estou aqui?".

E se você acha que a vida de Joana é só um drama melancólico, melhor se preparar para a sabedoria disfarçada nas entrelinhas, onde a autora nos presenteia com uma prosa poética e introspectiva que faz você querer gritar "Sim, sou eu!" em cada página. (Perto do coração selvagem é, sem dúvida, uma obra que faz a gente refletir, mesmo em momentos de pura confusão, e que nos convida a olhar para dentro com uma lanterna - mesmo que a bateria esteja acabando).

Os relacionamentos de Joana são como uma montanha russa mal projetada: altos e baixos que a deixam tonta, mas vale a pena, porque você acaba entendendo que a vida é isso mesmo: um punhado de emoções avassaladoras misturadas a um pouco de humor negro (se é que isso faz sentido). E no final, quando tudo parece desmoronar, Joana continua em busca de um coração que finalmente encontre um ritmo próprio - mais próximo de um rock do que de uma balada suave.

Ao longo da história, o leitor se vê envolvido em diálogos internos que são verdadeiros recitais de autoajuda, onde você pode até sentir que está em uma sessão de terapia, mas sem o terapeuta tentando te acalmar. Prepare-se para se questionar: "Por que Joana não para de se machucar?", "Qual é o propósito disso tudo?" e "Por que não comprei um chocolatinho para comer enquanto leio isso?".

E aqui vai um aviso: são tantas as reviravoltas emocionais que você pode acabar esquecendo onde colocou o controle remoto da sua vida. Mas tudo bem, afinal, quem precisa de controle quando se tem um coração selvagem, não é mesmo? Perto do coração selvagem é um convite à reflexão e à autodescoberta, com muitos momentos de identificação e, claro, um toque de deboche que só Clarice sabe fazer tão bem.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.