Resumo de Peanuts: Ninguém Mais tem o Espírito Aventureiro, de Charles M. Schulz

Mergulhe nas hilárias tirinhas de Peanuts e descubra como Charles M. Schulz transforma o cotidiano em grandes aventuras com uma pitada de filosofia infantil.

Se você acha que Peanuts é apenas um bando de crianças rabugentas e um cachorro que filosoficamente se pergunta sobre a vida, você está mais enganado do que um pinguim em um deserto. Peanuts: Ninguém Mais tem o Espírito Aventureiro é uma coletânea de tirinhas hilárias, com a marca registrada do genial Charles M. Schulz, em que os amigos mais icônicos da história da história das tirinhas - ou talvez da vida - dão um show de aventuras... e pouca responsabilidade.

Neste volume, onde Snoopy assume o trabalho de Hemingway e Charlie Brown parece estar sempre prestes a perder um jogo de beisebol, a narrativa nos apresenta uma série de situações nas quais a filosofia infantil e existencialismo se misturam em um verdadeiro caldeirão social. Aqui, a gente percebe de cara que as aventuras vão além das que cabem em um álbum de figurinhas (para a tristeza de quem achou que o lápis de cor seria o mais radical que seus personagens poderiam se permitir).

Snoopynauta é o primeiro a nos levar para as estrelas. Ele é um autêntico explorador intergaláctico que não viu a última temporada de Star Trek. Enquanto isso, seu melhor amigo, Charlie Brown, fica lá, sempre no seu canto, pensando em como ele conseguiu se tornar o "azarado" da turma. Contudo, não se deixe enganar pelas trapalhadas e inseguranças de Brown. Ele é a personificação das lições de vida que chegam como um soco no estômago.

Entre os dilemas de se escolher entre um balde de chocolates e um pacote de cenouras (que, como todo mundo sabe, vale a pena apenas na dieta da sua avó), a gente ainda vê Linus com seu cobertor sagrado, que não é apenas um pedaço de pano, mas o símbolo da luta contra a insegurança, um verdadeiro manifesto contra a vida adulta. E, claro, não podemos esquecer da Lucy, a personagem que transforma a terapia em uma batalha militar. Ela cuida das emoções dos seus amigos como se elas fossem um time de futebol, pronto para dar-lhe uma lição de vida ou, quem sabe, um empurrãozinho para a terapia!

As tirinhas mostradas nesse livro nos mostram que as aventuras não precisam ser grandiosas. Fazer nada também é uma forma de aventura! O famoso "nada" na filosofia de uma criança pode ser mais recheado de ação do que você imagina. É nesse espírito que Peanuts captura a essência da simplicidade e da criatividade infantil, enquanto nos lança - de forma bem humorada - questões existenciais que até Freud ficaria com um pouco de inveja.

Então, prepare-se para um passeio nesse mundo de tirinhas, onde a grandeza está na simplicidade e na autenticidade de cada personagem. O livro desenrola as situações em que as aventuras parecem um "quase", mas que na verdade nos ensinam que a jornada é mais divertida do que qualquer destino. Spoiler: no final, tudo ainda pode parecer uma bagunça (o que, vamos lá, é a essência de todo e qualquer aventura). Quer aventura maior do que isso?

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.