Resumo de Ser livre com Sartre, de Fréderic Allouche
Mergulhe na liberdade segundo Sartre com Ser Livre com Sartre. Entenda a filosofia existencialista de forma descomplicada e reflexiva.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você sempre quis entender como é essa história de liberdade segundo o filósofo francês Jean-Paul Sartre, mas achava que analisar A Náusea ou O Ser e o Nada era tão acessível quanto escalar o Everest de pé descalço, você veio ao lugar certo. Ser livre com Sartre, de Fréderic Allouche, chega como um guia prático e descomplicado para aqueles que buscam saber mais sobre a liberdade segundo a visão existencialista de Sartre. Prepare-se para mergulhar nas reflexões e nas frases de efeito que nos fazem questionar a própria existência. Spoiler: você pode acabar questionando tudo, até o porquê de você estar lendo isso agora!
Primeiramente, Allouche oferece uma introdução à filosofia sartreana, desmistificando a ideia de que é preciso ser um gênio para entender o que esse moço dizia. Tivemos aqui um filósofo que acreditava que "a existência precede a essência"; ou seja, você não nasce com um propósito predeterminado (sinto informar, você não é uma peça de LEGO com manual de montagem). A ideia é que você cria sua própria essência através de suas escolhas. Então, se você está se sentindo perdido na vida, talvez seja hora de rever suas decisões sobre o que pedir no cardápio do almoço.
O autor também discute a questão da má-fé, um conceito sartreano que basicamente significa enganar a si mesmo. Pense naquelas vezes que você se convenceu de que «uma só fatia de bolo não faz mal» e, ao final, percebeu que uma e duas não são assim tão diferentes. Sartre aqui aponta as armadilhas que criamos para evitar a responsabilidade das nossas escolhas. Com Fréderic Allouche, você aprende que ser honesto consigo mesmo, embora difícil, é o primeiro passo para a liberdade verdadeira.
E a liberdade, galera, é um tema recorrente. Sartre acreditava que estamos condenados a ser livres, ou seja, não há como escapar das decisões que fazemos e, consequentemente, das consequências que elas trazem. Todos nós já ficamos com aquela síndrome do "e se", mas a verdade é que a vida precisa ser vivida sem essa neura. A ideia de que "estou preso" é uma ilusão que a má-fé nos impõe, e Allouche nos mostra que essa liberdade existe, mesmo que seja o tipo de liberdade que nos faça bater a cabeça na parede de vez em quando.
O livro continua explorando a angústia existencial, que vai além de simplesmente se sentir perdido. Aqui, Allouche mergulha em como a consciência da liberdade pode ser, ao mesmo tempo, libertadora e angustiante. Sartre nos faz perceber que a liberdade é como uma faca de dois gumes - pode cortar as amarras, mas também pode trazer a responsabilidade de escolher.
Por fim, Ser livre com Sartre não se propõe a dar respostas fáceis ou gerar fórmulas mágicas. O que Fréderic Allouche faz é oferecer um convite para a reflexão sobre como vivemos, como tomamos decisões e o que realmente significa ser livre em um mundo que muitas vezes parece colocar grilhões em nossas pernas. Então, se você está a fim de pensar um pouco mais a fundo sobre sua vida, suas escolhas e o que realmente significa existir, esse livrinho é uma boa companhia. E lembre-se: a liberdade pode te deixar um pouco tonto, mas é a única forma de viver a vida - e quem não quer viver com um toque de Sartre na rotina?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.