Resumo de A tirania do mérito: O que aconteceu com o bem comum?, de Michael J. Sandel

A tirania do mérito de Michael Sandel questiona a meritocracia e propõe a reflexão sobre o bem comum em uma sociedade individualista. Entenda essa crítica profunda.

Se você acha que a discussão sobre o que é exatamente merecimento é só coisa de vestiário de academia, você claramente não leu A tirania do mérito, do filósofo Michael J. Sandel. Neste livro, o autor pega uma lupa, dá uma volta de 180 graus e olha para a nossa sociedade, onde a ideia de que quem trabalha duro merece os melhores prêmios é o mantra que todos adoram cantar, mas talvez não seja bem assim. Segura o coração que lá vem spoiler (ou quase)!

Sandel começa sua jornada questionando essa noção de mérito que permeia nossas vidas. Óbvio que a gente quer que o bom trabalho seja recompensado, mas ele argumenta que essa fixação pode levar a uma estrutura social bem tóxica. Ao invés de todo mundo jogar no mesmo time, o que vemos é uma grande divisão: os "vencedores", que se acham melhores do que os "perdedores", e os "perdedores", que acham que o sistema é um pouco injusto, para dizer o mínimo. A consequência? Uma sociedade que mais parece um campo de batalha do que uma comunidade. Alegria!

Um dos pontos altos do livro é a crítica à ideia de que o sucesso e a riqueza são feitos apenas por esforço pessoal. Sandel se arrisca a pôr os pingos nos "is" e lembrar que fatores como sorte, privilégio e até o simples local de nascimento têm papel fundamental nesse jogo. Aulas de semântica do tipo: "Você pode ter estudado bastante, mas se seu ponto de partida foi um grande colégio, amigo, o jogo já estava ganho antes mesmo de começar!". Sem contar que essa ideia de "merecimento" pode levar a uma falta de empatia com aqueles que não tiveram as mesmas oportunidades - e isso é bem chato, né?

O autor também bate de frente com o chamado "capitalismo meritocrático", onde o sucesso é visto como uma prova da virtude e, portanto, ninguém deve ter pena de quem não "conseguiu". Spoiler: isso é um desvio do verdadeiro bem comum. Sandel defende uma visão mais solidária, que deve incluir políticas públicas adequadas e um senso de comunidade mais forte, que vá além do individualismo.

Ele também explora como a crença na meritocracia se infiltra até nos debates eleitorais, alienando ainda mais a população que não consegue ver suas necessidades atendidas por esse sistema. Em vez de cultivar o bem comum, estamos tão preocupados em ser "vencedores" que esquecemos do que realmente importa: um senso de pertencimento. Já percebeu como algumas pessoas fazem questão de deixar claro que estão "ganhando na vida"? Pois é, não serve de nada se isso vem à custa do bem-estar coletivo.

No cerne da obra, Sandel nos convida a refletir sobre o que realmente significa viver em uma sociedade justa. O que parece ser o "meritocrático" pode, na verdade, estar fazendo com que precisemos repensar nossas prioridades e valores coletivos. A ideia é que precisamos voltar a ter uma conversa sobre o bem comum, e não apenas sobre o sucesso individual - porque, cá entre nós, o sucesso é muito mais divertido quando é compartilhado.

Em suma, A tirania do mérito é um puxão de orelha na nossa forma de entender o sucesso e a sociedade. E, como diria aquele seu amigo que sempre manda mensagens motivacionais: "Juntos somos mais fortes!" Mas espera aí, o que significa isso mesmo em um mundo tão individualista? E agora, deve ter ficado a dúvida: ao final, podemos realmente construir um bem comum? A resposta de Sandel é um grito de esperança em meio ao caos. Afinal, pelo menos é isso que ele espera.

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.