Resumo de Psicologia de Massas do Fascismo, de Wilhelm Reich
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você está pronto para uma viagem pela mente coletiva das massas e deseja entender como o fascismo se tornou quase um esporte popular, "Psicologia de Massas do Fascismo" é o seu guia de viagem. Escrito por Wilhelm Reich, esse livro explora, com um olhar clínico e um toque de sátira, os mecanismos psicológicos que permitem que um grupo de pessoas decida, num momento de fraqueza, seguir líderes que mais parecem malucos em vez de iluminados.
Reich começa sua análise mergulhando na ideia de que as massas têm uma estrutura psicológica própria, como se fossem uma espécie de grande organismo que respira, ri e chora coletivamente. Ele discorre sobre o que leva indivíduos comuns a se tornarem entusiastas fervorosos de ideologias extremas, como se um dia, do nada, eles decidissem fazer parte de um time de futebol mas, em vez de dribles, o jogo é feito com opiniões extremamente polarizadas.
Uma das principais threads do livro é o sexual e o repressor, como as frustrações sexuais e emocionais podem se transformar em comportamentos de manada. É quase como dizer que, se você não tem o seu momento de prazer íntimo, pode acabar achegando-se a discursos apocalípticos e conspirações. Reich argumenta que a repressão sexual está alienando pessoas e as tornando mais suscetíveis ao apelo de líderes carismáticos, que na verdade servem apenas de flamingos de plástico em um lago poluído de ideias.
E, claro, não podemos esquecer da crítica de Reich à institucionalização da religião e da moralidade, que ele vê como os pilares que sustentam a construção do fanatismo e do autoritarismo. O que está acontecendo, então? Ele sugere que a moral geralmente imposta acaba criando um terreno fértil para esse tipo de psicologia de massas. Então, quando você se depara com aquele parente na mesa do domingo gritando por um "retorno aos valores" e querendo dissolver seus inimigos na primeira esquina, talvez seja bom pensar na repressão sexual dele.
Mas calma! Aqui vai um spoiler sobre o que Reich realmente quer dizer: ele não acredita que a solução seja simplesmente um "Viva a Revolução Sexual!" e pronto. O autor propõe uma transformação interna e um rompimento com a dinâmica repressora, promovendo uma maior liberdade emocional e sexual. Afinal, o argumento dele é que, se você gosta de viver livre e leve, talvez seja hora de lidar com suas frustrações de maneira mais saudável do que se unindo a uma turba que grita por obscurecimento e autoritarismo.
Reich ainda faz uma análise sobre a fascinação do público por líderes autoritários. Esses líderes, que muitas vezes chegam ao poder sem que ninguém se lembre de votar neles - ou, na verdade, todo mundo votou na esperança de que pudessem se mudar para a casa dos outros - tornam-se oradores convincentes devido ao medo e à insegurança nas massas. Ele nos lembra que, em tempos de crise, o bom senso pode ser o primeiro a se mudar, enquanto a irracionalidade parece adquirir permanência. Então, se você achar que o mundo está bizarro, sinta-se livre para dar uma olhada no que Reich tem a dizer.
Por fim, "Psicologia de Massas do Fascismo" é uma exploração profunda de como a psicologia, quando ignorada ou mal interpretada, pode se transformar em um monstro que devora a individualidade e a razão. E como você deve já ter percebido, todo esse enredo não é exatamente um manual de boas maneiras e festas de arromba, mas um chamado à reflexão sobre os perigos que nos rondam quando deixamos a emoção falar mais alto que a razão. Se a poeira baixar, talvez você até consiga evitar que a próxima festa se transforme em uma verdadeira balbúrdia autoritária!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.