Resumo de Nonnonba, de Shigueru Mizuki
Mergulhe na infância de Mizuki em Nonnonba, onde o sobrenatural encontra a nostalgia. Uma obra que enaltece memórias e tradições do Japão pós-guerra.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você sempre quis saber como seria a infância de um menino cercado pelo sobrenatural, Nonnonba, de Shigueru Mizuki, é a resposta! Prepare-se para uma viagem ao Japão rural no pós-guerra, onde os fantasmas estão mais presentes do que suas contas a pagar.
A história é uma espécie de autobiografia de Mizuki, revelando suas memórias de infância. O protagonista, que é a representação do próprio autor, compartilha suas aventuras e descobertas ao lado de sua avó, Nonnonba. Esta simpática senhora é uma mistureba de superstição e sabedoria popular, que ensina ao neto tudo sobre os yokai, criaturas sobrenaturais da cultura japonesa. Se você acha que sua avó faz um bom bolo, espere até ver o que Nonnonba tem reservado!
Mizuki nos apresenta um mundo repleto de seres que vão desde criaturas bojudas e simpáticas até espíritos que fariam qualquer filme de terror parecer piada de criança. Com um traço artístico que vai seduzir até o ávido fã de quadrinhos, o autor captura o cotidiano dos campos, as tradições e a vida familiar - tudo regado a um bom humor e uma pitada de assombração. Todas as interações entre o menino e os yokai são como aquelas histórias de terror da sua infância, mas transformadas em memórias nostálgicas de um Japão que, embora distante, continua a nos sussurrar segredos.
Não dá para esquecer que a vida de Mizuki não foi só flores (embora as flores também tenham seu espaço). Ele apresenta momentos difíceis, como a pobreza e os traumas da guerra, que dão um peso à narrativa e a tornam mais reflexiva. É quase como se Mizuki dissesse: "Olha, eu cresci em meio a fantasmas, mas também tive que lidar com os humanos que são, sem dúvida, mais complicados!".
Ao longo da obra, o autor mistura memórias pessoais com o folclore japonês de uma forma tão íntima que podemos sentir o cheiro da comida caseira e ouvir os gritos dos yokai à distância. É claro que existem spoilers, já que a história se desenrola como um diário da infância e não se pode estragar a surpresa da vida de Mizuki. Se você está esperando um final bombástico, vem com a gente: a vida é mais sobre a jornada do que sobre o destino, e Mizuki domina esse jogo!
Além do mais, o uso do preto e branco no traço da história dá um charme especial, como se estivéssemos realmente revisitando essas memórias em uma sessão de cinema de um passado distante. A arte é tão rica que você pode até ouvir a música que embala as lembranças do autor. O traço de Mizuki não é só bonito; ele é uma imersão na cultura e no sentimento do que significa crescer cercado por histórias.
Em resumo, Nonnonba é uma obra que faz você rir, refletir e talvez até sentir um pouco de medo de olhar para o lado, por se esperar encontrar um gênio ou um melancólico yokai. Com certeza, é um livro que vai se alojar na sua mente e no seu coração, equilibrando a nostalgia da infância com a realidade do que é crescer.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.