Resumo de Irmandade da Boa Morte e Culto de Babá Egum, de Joanice Santos Conceição
Explore a 'Irmandade da Boa Morte e Culto de Babá Egum' com um olhar divertido e reflexivo sobre a vida e a morte em um contexto cultural rico.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, a "Irmandade da Boa Morte e Culto de Babá Egum", um título que já sugere uma verdadeira viagem ao universo místico da cultura afro-brasileira, misturando tradição, religiosidade e, quem diria, um pouquinho de humor, afinal, temos que encarar a vida (e a morte) de maneira leve, não é mesmo?
Nesse livro, Joanice Santos Conceição faz uma exploratória nas práticas de uma sociedade que, pasmem, tem como lema proporcionar o "boa morte". Mas o que é a "boa morte"? Não é, infelizmente, um novo modelo de ônibus para viajar. É uma experiência bastante respeitosa e cheia de rituais e ensinamentos que tratam sobre o falecimento e a passagem de forma digna e espiritual. A autora mergulha nos costumes da Irmandade da Boa Morte, um grupo que se dedica a honrar os mortos e garantir que a transição para o além seja mais suave do que escorregar no sabão.
Logo no início, somos apresentados a um histórico que parece mais uma aula de antropologia, mas com um leve tempero de literatura. A Irmandade, que nasceu em Minas Gerais, é recheada de tradições que misturam o catolicismo e as crenças africanas, provando que a sincretização cultural é uma arte que brilha no Brasil. Joanice vai nos apresentando os rituais que envolvem o culto de Babá Egum, a figura que representa os ancestrais e que traz uma boa dose de ensinamentos de vida (e, claro, de morte).
Fiquem tranquilos, porque não estamos aqui apenas para falar de falecimentos - ainda há muito para se entender sobre a vida, e a autora faz isso com maestria. Vamos falar sobre as celebrações, sobre como a Irmandade cuida dos seus membros e, claro, da importância da ancestralidade. Ela transformou todo esse levantamento em um verdadeiro relato etnográfico que nos faz sentir como se estivéssemos lá, participando das festas e dos banquetes. Bateu uma fominha só de pensar!
Mas, ah, queridos leitores, não pensem que o livro é só festa e alegria. Spoiler Alert! Aqui entra um tom sério quando se fala das dificuldades e desafios que estas irmandades enfrentam em tempos modernos, incluindo a resistência cultural e a luta pela preservação das tradições. Joanice nos leva a refletir sobre como a morte é tratada na sociedade contemporânea e o quanto isso está distante da beleza que os rituais oferecem.
A leitura é repleta de personagens que parecem sair de uma comédia, com suas histórias de vida e interações que nos fazem rir e, ao mesmo tempo, pensar. Cada parte do livro é como uma roda de conversa, onde temos a chance de absorver um pouco da cultura brasileira, com um olhar maravilhoso e bem humorado.
Ao final, "Irmandade da Boa Morte e Culto de Babá Egum" é mais do que um estudo sobre uma prática cultural. É um convite a pensar sobre a vida, a morte e tudo o que vem entre essas duas pontas do arco-íris humano. O que fica é a certeza de que, com rituais, descontração e muito amor, podemos lidar com tudo isso de uma maneira mais leve e significativa. Afinal, quem disse que a morte não pode ser uma boa história para contar?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.