Resumo de Sincrétika: Explorações etnográficas sobre arte contemporânea, de Massimo Canevacci
Embarque em uma jornada etnográfica pela arte contemporânea em 'Sincrétika', de Massimo Canevacci. Explore sincretismo e o papel do artista na sociedade!
domingo, 17 de novembro de 2024
Vamos embarcar em uma viagem etnográfica pelas artimanhas e extravagâncias da arte contemporânea, tudo isso nas páginas de Sincrétika, de Massimo Canevacci. Prepare-se, pois pode parecer que você entrou em uma galeria de arte onde as obras estão discutindo entre si de forma bem animada!
Canevacci, com seu jeitinho peculiar e uma pitada de loucura, aborda a arte contemporânea como um espaço onde as culturas se misturam, e é nesse caldeirão de ideias e interpretações que ele se delicia. Aliás, ele gosta tanto de misturas que poderia muito bem ser um chef de cozinha servindo um prato típico com um toque de exótico!
A primeira parte do livro aproveita para explorar o conceito de sincretismo. Não, isso não é apenas um trocadilho com religião. É um conceito sociológico que Canevacci faz questão de desmistificar. Ele nos mostra como a arte contemporânea é uma amalgama de referências, influências e estilos que se entrelaçam. Tudo muito bonito, mas precisamos admitir: às vezes, dá até uma certa confusão na cabeça. É como se uma obra de arte fosse um Facebook de culturas, onde todo mundo está se curtindo e comentando a qualquer hora.
Ele também discute o papel do artista como um conector social, alguém que, em vez de criar de maneira isolada, está sempre em contato com o mundo. Isso já nos leva a pensar: será que o artista também faz "networking" ou "connections" em suas exposições? Ao que tudo indica, eles não só fazem, como também precisam dela para que sua voz se destaque no barulho frenético do mercado de arte.
Em suas explorações, Canevacci nos apresenta uma série de casos práticos - pense neles como documentários da nova geração - que mostram a interação da arte com diversos contextos sociais e culturais. Aqui ele não economiza nos exemplos! Ele fala sobre tudo, desde o grafite nas ruas até aquelas instalações pesadas que você jura que vão te engolir se você chegar muito perto. E com isso, ele nos faz perceber que a arte é um reflexo das relações sociais, como um espelho que está sempre polido e, às vezes, um pouco embaçado, dependendo do dia.
Outra parte que vale a pena destacar é a crítica de Canevacci às noções tradicionais de apreciação da arte. Ele trata isso como um grande abacaxi que parece impossível de descascar, mas que tem um conteúdo bem interessante. Abandonando as balanças que muitas vezes pesam a arte em categorias rígidas, ele nos convida a deixar de lado esses rótulos chatos e mergulhar em um oceano de possibilidades. Afinal, quem precisa de regras quando estamos falando de criar?
E, claro, como em todo bom livro acadêmico, não poderia faltar aquele final que tanto amamos, que costuma dar um fechamento glorioso. Canevacci não decepciona e fecha com uma reflexão sobre a importância do diálogo cultural na arte, sublinhando que, no final das contas, estamos todos nessa grande e maluca galeria chamada vida.
Então, se você está preparado para adentrar nessa selva cheia de pincéis, spray de tinta, e conceitos etnográficos que vão te fazer questionar até mesmo sua própria habilidade de desenhar um sol com raios (sim, porque até isso pode ser uma obra de arte!): pega sua mochila, espírito aberto e se joga em Sincrétika!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.