Resumo de Noites Brancas: Romance sentimental, de Fiódor Dostoiévski
Em 'Noites Brancas', Dostoiévski nos leva a uma reflexão sobre amor não correspondido e solidão. Mergulhe na melancólica São Petersburgo.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para mergulhar na agônia e no romantismo de "Noites Brancas", uma obra onde Fiódor Dostoiévski, o mestre da tragédia russa, nos apresenta um protagonista sonhador, solitário e, convenhamos, um pouco melancólico. O livro se passa em São Petersburgo, numa daquelas noites em que a cidade não dorme, mas o coração do protagonista parece que decidiu entrar para o modo hibernação.
O nosso personagem sem muita sorte é um "narrador não muito feliz", que passa suas noites vagando pelas ruas da cidade. Ah, se essas noites fossem cheias de aventuras! Mas não, ele é mais "pavê do que pra comer", perdido em seus devaneios e lembranças. Ele tem um coração que pulsa como uma bateria descarregada, mas ressente-se da solidão e do tédio, como muitos de nós numa sexta-feira à noite, sem planos.
Eis que numa dessas noites - provavelmente a mais dramática de sua vida - ele encontra Nastenka, uma jovem cheia de sonhos e esperanças, mas também muito enredada em sua própria tristeza. A moça é a personificação do amor platônico: está apaixonada por um cara que não vale nem o sol que brilha em São Petersburgo. O nosso protagonista, que não tem nada a perder, decide se tornar o confidente dela, ou seja, o ótimo amigo que está sempre à disposição para ouvir, mas que no fundo sonha com o amor do tipo "com final feliz". Spoiler: este amigo secretamente se apaixonou por ela. Mas quem nunca, né?
A narrativa se desenrola entre conversas recheadas de promessas, esperanças e aquela típica angústia russa. O leitor vai se perguntando se Nastenka vai perceber que o true love estava ali, pertinho dela, do ladinho! Sabe aquele momento de "e agora, você vai ficar com quem, hein? Com o príncipe encantado ou com o cara que só sabe sofrer por amor?" Na saga emocional, acompanhamos o desenrolar dos sentimentos de todos, com famosas reviravoltas, que só os grandes romancistas sabem fazer, enquanto o narrador continua seu dilema interno, se debatendo entre o desejo e a amizade.
Dostoiévski, com seu estilo envolvente, traz à tona o que muitos de nós conhecem muito bem: o amor não correspondido, os fantasmas da memória e a capacidade de sonhar com vidas que nunca viveremos. Esse romance é como um dia nublado: melancólico e atmosférico, mas ainda assim cheio de beleza.
Dito tudo isso, não se esqueça dos spoilers de vida: no final, a história nos leva a refletir sobre os verdadeiros amores, as escolhas que fazemos e a inevitável dor do coração.
Então, querido leitor, prepare-se para uma leitura de reflexão, porque "Noites Brancas" não é só sobre um amor não correspondido, mas também sobre a solidão que todos nós, em algum momento, encontramos. E você ainda achando que sua vida é complicada! No fundo, todo mundo é meio Dostoiévski, só falta a cidade e as noites em claro.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.