Resumo de O Cortiço, de Aluísio Azevedo

Mergulhe na crueza de O Cortiço de Aluísio Azevedo, onde dramas e traições se entrelaçam em um microcosmos social vibrante. Prepare-se para se surpreender!

Prepare-se para entrar no mundo de O Cortiço, essa obra-prima de Aluísio Azevedo que é mais quente que o próprio clima do Rio de Janeiro e mais agitada que um dia de feira no subúrbio. Esqueça os romances açucarados - aqui, a vida pulsa em toda a sua crueza e futilidade, com uma realidade tão dura que faz até o seu último brigadeiro na festa de aniversário parecer um sonho distante.

O enredo gira em torno da vida em um cortiço, que nada mais é do que um conjunto de habitações coletivas que poderiam ser o cenário ideal para um reality show de Big Brother - mas, ao invés de "famosos", temos trabalhadores, marginalizados e, claro, a imensidão de fofocas, paixões, traições e intrigas. Nossa protagonista, Capitu, que não é a mesma do Dom Casmurro, mas poderia muito bem ser, vive em meio a essa confusão. Ela é a mulher que, entre outros, atrai a atenção do mais novo inquilino: Jerônimo, que tem uma ascensão de status que faz a gente se perguntar se ele não realmente ficava hipnotizado pelo cheiro de pão quentinho.

Jerônimo, inicialmente um moleque do interior, faz de tudo para se afirmar no novo ambiente e conquistar a bela Capitu. Entre uma briga e outra (porque a vida no cortiço é um barraco, literalmente), ele se torna um comerciante de sucesso. Mas é claro que o coração dele não é só de negócios. Se você acha que ele vai ser fiel, bem, esperamos que você esteja preparado para os spoilers, porque a traição não tarda a aparecer.

À medida que a história avança, Azevedo mostra o lado menos glamouroso da sociedade, descascando a cebola da hipocrisia e revelando como o ambiente pode moldar o comportamento e os destinos das pessoas. O autor nos apresenta personagens que vão do clichê da malandragem carioca ao estereótipo da mulher submissa que tenta sobreviver nesta selva de pedra que é o cortiço. Pombinha, a mulher de Jerônimo, entra em cena, e se tem algo que a vida mandou para ela, foi uma boa dose de infortúnio. Por aqui, a vida é feita de cartas marcadas, e as apostas entre os personagens são mais altas do que a contagem de histórias que o seu avô conta na mesa do domingo.

E o que dizer da figura do Vigário, que entra em cena postando a moral da sociedade de alvenaria no meio da bagunça? A moralidade versus a paixão, um embate digno de star wars das emoções humanas - mas sem sabres de luz, apenas muito drama e algumas cusparadas na cara. O cortiço, então, se transforma em um microcosmos social, onde as relações humanas e a luta de classes se entrelaçam mais do que os braços no carnaval.

Por fim, sem querer estragar a surpresa, mas estragando: a obra de Aluísio não poupa ninguém e, com isso, culmina em um final que vai deixar você mais chocado do que na primeira vez que tentou passar a receita do "risoto de camarão" e acabou fazendo uma sopa de legumes. Ah, e lembrando que aqui o romance é como a feijoada - cheio de camadas, mas tem um gosto que pode não agradar a todos.

Prepare-se para uma imersão intensa e dramática na vida dos que habitam o cortiço, onde a luta pela sobrevivência nunca foi tão saborosa. E que o leitor lembre: em meio ao caos, sempre há um pedaço de esperança ou, pelo menos, um caloroso debate sobre o que ocorreu daquela vez no coração do cortiço... e a gente quer saber!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.