Resumo de Sertão mar: Glauber Rocha e a estética da fome, de Ismail Xavier
Em Sertão mar, Ismail Xavier revela a estética da fome de Glauber Rocha. Entenda como o cinema se torna resistência e crítica social na obra do diretor.
domingo, 17 de novembro de 2024
Vamos lá, meu povo! Preparem-se para uma jornada que passa por uma combinação explosiva de cinema, fome e um olhar crítico sobre a sociedade brasileira! Em Sertão mar: Glauber Rocha e a estética da fome, Ismail Xavier nos apresenta um verdadeiro banquete de ideias e reflexões sobre a obra do grande Glauber Rocha, sem usar talheres, porque ele acredita que a estética da fome é mais saborosa quando inteiramente devorada com as mãos!
A história começa com um dos mais influentes diretores do cinema brasileiro, Glauber Rocha, que surgiu na cena cinematográfica nos anos 60, com um apetite voraz por narrativas que retratassem a realidade do povo. O foco central da obra de Rocha é a fome - e não estamos falando apenas de uma falta de comida nos pratos, mas da fome existencial, da fome por justiça, e da fome por liberdade! Claro, não é de se admirar que ele tenha decidido fazer filmes que parecessem um ato de resistência, transformando o cinema em uma verdadeira arma na luta contra a opressão. A tarefa do autor é explicar essa ousadia e sua profunda ressonância com a cultura popular.
Xavier arremessa o leitor em um turbilhão de análises sobre a estética da fome, que perpassa a filmografia de Rocha. Entre o lirismo romântico e o cruel realismo, ele destaca como o cineasta consegue capturar a essência do sofrimento do povo brasileiro e a sua busca por uma identidade que vai além da miséria. O diretor não apenas filma a vida, mas também disseca o sistema que a oprime, utilizando elementos visuais que fazem com que um simples copo d'água pareça um oceano de esperança e desilusão.
Spoiler alert! A obra também toca em temas polêmicos, como a relação entre o nordeste e o sudeste, o papel da religião e da cultura popular, além de como o próprio Glauber foi muitas vezes mal compreendido e até mesmo combatido por aqueles que ele mais pretendia libertar. Uma verdadeira montanha-russa de emoções, onde a censura é o looping e a rebeldia é a descida emocionante!
O autor é habilidoso em conectar a estética cinematográfica com questões sociais profundas. Ele desmonta a ideia de que o cinema deve ser apenas entretenimento, mostrando que, para Rocha, cada filme é um manifesto. Ou seja, enquanto uns assistem a uma tela grande, outros consumiam uma crítica incisiva à realidade de suas vidas. Pode-se dizer que Glauber Rocha é o chef da crítica social no Brasil!
Xavier também discute a importância do movimento Cinema Novo, o qual Glauber integrou com sua visão avant-garde - rivalizando com qualquer sabor ousado na gastronomia. Podemos pensar em Glauber como um misturador de temperos culturais que se aproveitou da estética da fome para expor a brutalidade da realidade, numa espécie de cinema "nordestino gourmet".
No final das contas, a obra de Ismail Xavier é uma análise da capacidade do cinema de criar um eco no espaço social. Em tempos onde o entretenimento é muitas vezes superficial, Sertão mar representa um convite para olharmos para a realidade de um jeito mais acurado e consciente. E se tem uma coisa que Glauber Rocha nos ensinou, é que a fome não é apenas um detalhe, mas sim um prato principal que deve ser servido aos olhos do espectador.
E por falar em servir, só espero que você tenha feito o dever de casa e já encomendado um filme do Glauber para acompanhar essa leitura!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.