Resumo de O papel de parede amarelo, de Charlotte Perkins Gilman
Mergulhe na mente de uma mulher presa em um papel de parede amarelo. Uma crítica à opressão e saúde mental em uma narrativa envolvente.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achou que o papel de parede da sua casa é apenas um detalhe decorativo, é melhor pensar novamente. Em O papel de parede amarelo, Charlotte Perkins Gilman não apenas faz uma ode a esse elemento de decoração, mas também transforma esse simples cenário em um verdadeiro protagonista da história. Prepare-se para uma viagem ao mundo da loucura, onde a percepção da realidade se torna tão confusa quanto a escolha da cor para o seu ambiente!
A narrativa é apresentada em forma de diário, o que já é um ótimo aviso de que a protagonista está em uma relação amorosa... com a sanidade! Nossa narrator, que não tem nome (porque é tudo sobre ela e seu papel de parede), é uma mulher que foi submetida a um "tratamento" de repouso recomendado pelo seu marido, John, que parece ser muito mais controlador do que um marido ideal deveria ser. Para você ter ideia, ele acha que escrever e se expressar é só uma maneira de a esposa ficar "mais doente". O que é isso, uma tentativa de transformar a esposa em um zumbi domesticado?
Ela é trancada em um quarto, que é decorado com um papel de parede amarelo que, pasmem, é horrível! Ele é cheio de padrões confusos e que parecem dançar à sua frente. Quitando os melindres sobre a estética, esse detalhe se torna uma maneira de explorar não apenas a mente da protagonista, mas também as questões de opressão e as normas sociais da época. Enquanto todos esperam que ela fique curada, ela começa a se perder em sua própria mente. Ah, o famoso "é só um período de descanso", que na verdade é só um grande "esquenta" para a loucura!
Conforme a história avança, nossa protagonista começa a ter alucinações e fica obcecada pelo papel de parede. Isso inclui ver uma mulher presa dentro dele. Sim, você leu certo! Além de ser um papel de parede muito artístico, ele ainda é um ambiente de prisão imaginária. A obsessão dela se transforma em um tipo de luta pela liberdade, e o papel de parede se torna sua tela de projeção para a própria opressão e sua busca por identidade.
Spoiler alert: no clímax da história, a protagonista chega a um ponto em que decide ir além da loucura e dar um grito de liberdade (ou de desespero!). Ela rasga o papel de parede, como se estivesse libertando a mulher que viu dentro dele, uma verdadeira catártica heroína moderna da rebeldia contra a opressão masculina e as normas sociais. A cena é tão dramática que dá vontade de aplaudir ou correr para comprar um rolo de papel de parede diferente!
No final das contas, O papel de parede amarelo é mais do que uma simples história de uma mulher que enlouquece por causa da decoração de sua casa. É uma crítica contundente às normas patriarcais e à maneira como a sociedade da época tratava a saúde mental das mulheres. E, claro, uma reflexão sobre como às vezes um papel de parede esquisito pode ser o gatilho que leva alguém à beira do abismo.
Então, já sabe: da próxima vez que você olhar para sua casa, avalie se aquele papel de parede é mesmo uma boa ideia. Ele pode conter mais horror do que você imagina!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.