Resumo de Cartas Portuguesas, de Mariana Alcoforado
Mergulhe nas intensas emoções de 'Cartas Portuguesas' de Mariana Alcoforado, uma obra repleta de amor platônico e desespero em cartas do século XVII.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que cartas eram só para felicitações de aniversário e contas de luz, Cartas Portuguesas vai fazer você repensar toda a sua correspondência! Escrito por Mariana Alcoforado, este livro é uma coletânea de cartas que não só vão deixar você morrendo de vontade de fazer uma maratona de romance, como também vão te fazer sentir que suas mensagens no WhatsApp são pura bobeira.
As cartas, escritas no século XVII, contêm os lamentos e desabafos de uma freira, que, spoiler alert! - está completamente apaixonada por um francês que. adivinha? É um tanto quanto enrolador. A trama gira em torno do amor platônico - mais platônico que amizade de gato e cachorro, se você me entende! A moça, que vive em um convento em Beja, se vê presa entre o desejo carnal e a vida reclusa, e as suas lamúrias se tornam cada vez mais intensas e dramáticas.
Esse amor não correspondido é intenso, quase como um roteiro de novela das seis, onde ela descreve seu sofrimento com detalhes de como ela se sente ignorada. A cada carta, a freira compartilha suas inseguranças, como se dissesse: "Será que ele me ama? Ou só gosta mesmo de me ouvir falar com a parede?" As cartas revelam não apenas seus sentimentos, mas também uma crítica ao papel das mulheres na sociedade. Afinal, quem disse que quiser ter um amor e uma vida plena era um pecado?
O mais curioso é que a moça (sim, vamos chamá-la assim, porque pode parecer rude chamá-la só de 'freira') se esforça para expressar suas emoções com uma intensidade que, se estivesse em um reality show, certamente ganharia o prêmio de melhor dramática. Cada página é uma mistura de amor, desejo e desespero, mostrando que a distância e os costumes da época não eram suficiente para barrar um bom românce!
As cartas estão repletas de desespero amoroso, comparações poéticas sobre sentimentos e, é claro, uma pitada de autocomiseração, porque quem nunca teve um momento "estou chorando sozinha enquanto escuto música triste"? Para acompanhar os altos e baixos da narrativa, fica a nossa expectativa sobre o que acontece, ou melhor, se acontece alguma coisa com o amor da freira. E, ah, se você acha que vai descobrir tudo isso aqui, sinto muito, mas vou ter que deixar um ar de mistério.
No que diz respeito à forma, as Cartas Portuguesas podem ser vistas como precursoras de um diário íntimo, e opõem-se ao cenário tradicional da literatura da época com uma voz feminina forte e cheia de anseios. Um soco no estômago da sociedade que, em vez de permitir que a mulher se expressasse plenamente, a mantinha em papéis que não a representavam.
Resumindo, Cartas Portuguesas é como uma série de tweets emocionais de alguém que está muito apaixonado e, ao mesmo tempo, muito confuso. E se você é fã de amor torto, certeza que vai se sentir em casa com a freirinha do convento. Prepare o coração e os lencinhos, porque aqui a história é de amor, mas também de solidão!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.