Resumo de Quincas Borba, de Joaquim Machado de Assis
Mergulhe na crítica mordaz de 'Quincas Borba' de Machado de Assis, onde filosofia e desilusões se entrelaçam. Uma leitura obrigatória que provoca reflexões.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, Quincas Borba, essa obra-prima de Machado de Assis que faz da sanidade um conceito relativo e do bem uma questão filosófica bem mais complicada do que um café com a avó. A história gira em torno do nosso protagonista, Rubião, um sujeito mais perdido que cachorro em dia de mudança, que herda a fortuna de Quincas Borba, um filósofo Samaritanista - ou seja, o cara que acredita que o homem está sempre se esforçando para melhorar, como se a vida fosse um episódio de reality show onde só os bons se sobressaem.
No início, Rubião é o típico homem das ideias grandiosas e, com a fortuna nas mãos, decide que é hora de se mudar para a cidade e ser alguém de prestígio. Aliás, quem não gostaria de sair do meio do mato e desfilar com uma grana e um ego do tamanho da Torre Eiffel? Mas, claro, a vida não é um conto de fadas, ou melhor, não é um romance do Machado de Assis.
Ao chegar na cidade, ele dá de cara com Palhano, um amigo de Quincas Borba que, vamos dizer, não é exatamente o que se poderia chamar de "bom conselho". Palhano e sua esposa, a sedutora Ema, rapidamente se tornam parte do repertório de confusões e desilusões de Rubião. Ah, o amor! Ou seria a ambição? Enfim, Ema transforma a vida de nosso protagonista em um verdadeiro reality show de traições e expectativas não correspondidas. Spoiler: o que acontece no final é tão surpreendente quanto descobrir que seu chocolate favorito tem açúcar.
Enquanto Rubião navega pela vida, aprendendo, desaprendendo e quase se afundando na lama de suas próprias ilusões, ele encontra a filosofia de Quincas Borba. Sim, o famoso "ao deus dará", que dá uma nova roupagem à teoria do Darwinismo social na forma de "humanos são humanos", mas, na verdade, cada um por si é a verdadeira regra. O cara era genial, mas a cabeça dele era um labirinto que ninguém em sã consciência gostaria de entrar.
Como o tempo passa e a saúde mental de Rubião vai se deteriorando mais rápido do que pãozinho em festa de criança, ele acaba se tornando um combinação de filósofo trágico e personagem de comédia. É aquele tipo de plot que se a gente não soubesse que foi escrito há século atrás, poderia jurar que foi tirado de uma série atual sobre degeneração social e comédia de erros.
E para fechar com chave de ouro, se você chegou até aqui esperando um final feliz, lamento te desapontar. A história de Rubião não é uma daquelas histórias de príncipes e castelos. É mais algo que fio de cabelo caindo na sopa do jantar - incômodo e inesperado!
Em resumo, Quincas Borba é uma crítica mordaz à sociedade e aos valores de uma época em transformação, onde a saúde mental é tão precária quanto um castelo de cartas. Então, meu caro leitor, se você busca por um enredo que te faça rir, chorar e debater sobre a vida, não volte os olhos para este clássico - você pode acabar se tornando um verdadeiro Quincas Borba, quem sabe?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.