Resumo de Lira dos Vinte Anos, de Álvares de Azevedo
Mergulhe na melancólica poesia de Álvares de Azevedo em 'Lira dos Vinte Anos'. Uma leitura que explora amor, morte e juventude com um toque de humor.
domingo, 17 de novembro de 2024
Imagine um mundo onde a melancolia é a companhia constante e os versos poéticos saem mais fácil que piada sem graça em roda de amigos. Assim é Lira dos Vinte Anos, a obra que capturou a alma do "poetinha" Álvares de Azevedo, um verdadeiro ícone do romantismo brasileiro e, talvez, o mais dramático aliado de todos os jovens que acreditam que o amor e a morte andam de mãos dadas.
Publicada em 1853, essa coletânea de poesias traz à tona os devaneios de um jovem que mais parece um romântico em crise. Álvares não está apenas escrevendo; ele está se desnudando emocionalmente, transbordando angústias e paixões proibidas. E cá entre nós, é um tanto divertido observar o quanto ele se acha profundo! Na verdade, parece que ele frequentemente encontra tempo para filosofar sobre a vida enquanto se lamenta na cama, cercado por uma atmosfera de saudade e, claro, um bom chá de camomila.
A obra é um verdadeiro festival de sentimentos, começando pelo tom nostálgico e melancólico que permeia quase todos os poemas. O autor canta sobre o amor não-correspondido, a efemeridade da vida e, claro, a inevitável morte (oh, que novidade!). É como se o próprio Azevedo decidisse criar sua trilha sonora pessoal, cheia de acordes menores e letras que fariam até o mais animado dos adolescentes repensar sua vida.
Entre as temáticas mais bombásticas encontramos a morte, que aparece como uma velha amiga nas páginas do livro, sempre pronta para sussurrar aos ouvidos do autor. É isso mesmo! O cara fala com a morte como se ela fosse a única que realmente o compreendesse. Spoiler: no fim, ele não fica mais feliz nem menos triste com isso. Mas, por favor, não diga isso a ele.
Outro aspecto que só reforça a "vibe" de melodrama é a presença marcante do amor. Ah, o amor! Esse tema que faz todo poeta perder o juízo. Azevedo canta sobre amores impossíveis e a dor de perder quem nunca teve, como quem tenta achar um troco em um bolso vazio. E o leitor, por sua vez, ri nervosamente, numa situação onde todos se reconhecem.
E se você achava que o rapaz não tinha mais a oferecer, espere até as obras que fazem referência ao "eu lírico". Sim, o tal "eu" é quase um personagem que não se cansa de doer e se deprimir, sempre observando o mundo com um olhar de desgosto, como se estivesse condenado a ser eternamente jovem e entediado. Ele chora por um amor que, na verdade, parece mais um conceito do que uma realidade.
Com sua prosa cheia de lirismo e feridas abertas, Lira dos Vinte Anos se transforma em uma ode à juventude e todos os seus dramas. Azaedo realmente nos mostra que a experiência do amor, da perda e da morte são experiências universais. E, convenhamos, quem nunca se sentiu uma pessoa amarga e romântica ao mesmo tempo?
Por fim, se você está preparado para mergulhar em um mar de angústia e poesia, ficar lá afundando enquanto lê as canções de um coração que bate forte e, ao mesmo tempo, se despedaça por dentro, então esta obra é sua! Mas se você prefere histórias que terminam com um "e viveram felizes para sempre", talvez seja melhor procurar outro gênero.
Agora, lembre-se: mesmo que a vida pareça uma tragédia romântica, ainda você pode rir das desventuras de Álvares de Azevedo, que, claramente, leva a vida muito a sério.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.