Resumo de A significação no cinema: 54, de Christian Metz
Explore as profundezas da semiótica e narrativa em 'A significação no cinema: 54' de Christian Metz. Uma leitura essencial para amantes da sétima arte.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que estudar cinema era apenas assistir a filmes de ação com pipoca na mão, é melhor sentar e pegar o caderninho, porque A significação no cinema: 54, do brilhante Christian Metz, vai te mostrar que o assunto é bem mais profundo e, apesar de ser uma leitura acadêmica, tem seu charme.
Começando do começo, Metz usa uma linguagem que é quase como uma grande conversa sobre como as imagens em movimento realmente significam algo (e não é só uma sequência de explosões ou brigas de robôs). Ele propõe que o cinema é uma linguagem própria, assim como o português, só que ao invés de letras e palavras, trabalhamos com imagens e sons. E quem diria que um frame poderia ser tão significativo?
Um dos pontos centrais do livro é a relação entre o significado (o que algo realmente quer dizer) e o significante (a forma que isso toma). Aqui ele introduz conceitos da semiótica (a ciência que estuda os signos), lembrando que não estamos falando apenas de um filme qualquer, mas sim de como esses signos se articulam para criar sentido. Spoiler: isso inclui um estudo pesado sobre como as diferentes culturas interpretam os filmes de maneiras diversas. Sim, você pode achar que o que você vê em um filme de faroeste é igual na França, mas Metz arrasa no argumento de que cada cultura pode dar uma cara diferente pro mesmo filme.
Ele também faz uma viagem no tempo (sem DeLorean, mas tudo bem) abordando as origens do cinema e seus desdobramentos. No meio dessa jornada, Metz não deixa de comentar sobre as teorias que se formaram ao redor do cinema e como isso afeta nossa experiência enquanto espectadores. Além disso, ele cita a importância do contexto na interpretação das imagens. Ou seja, se você assistir a um filme de terror no Natal, a atmosfera pode influenciar como você reage (risos ou gritos).
O autor propõe uma análise das diversas formas de narrativa cinematográfica e como as convenções sociais entram em cena. Fica claro que não é uma simples combinação de imagens; é uma construção complexa onde cada elemento tem seu papel. Um verdadeiro "corte" de criatividade.
Metz também critica as abordagens mais simplistas e diretas, defendendo uma análise mais profunda. Então, se você ainda achava que «a cena do beijo» era só um momento romântico, prepare-se para descobrir que isso pode, inclusive, representar a luta de classes. Não é só amor, meu amigo, é um drama social!
No fim das contas, A significação no cinema: 54 é uma leitura necessária para quem deseja ir além da pipoca e do sofá. Se você quer ser um verdadeiro conhecedor do sétimo arte e não tem medo de entrar em temas densos como semiótica e narrativas, esse livro se torna um verdadeiro mapa do tesouro. Apenas não espere que o tesouro tenha diamantes, mas sim muitas reflexões sobre o que realmente está passando na tela.
Então, da próxima vez que você assistir a um filme, lembre-se de Metz e de como toda aquela imagem pode significar muito mais do que você imagina. E, quem sabe, não te faz parecer o mais inteligente no meio da galera. Aplausos imaginários para Christian Metz!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.