Resumo de Gritam os muros: pichações e ditadura civil-militar no Brasil, de Thiago Nunes Soares

Mergulhe na história das pichações como resistência na ditadura civil-militar no Brasil. Entenda o grito silencioso dos muros com Thiago Nunes Soares.

Se você acha que as pichações são apenas rabiscos de algum artista frustrado se divertindo nas paredes da cidade, é melhor preparar a pipoca porque Gritam os muros vai te mostrar que tem muito mais história por trás disso. Thiago Nunes Soares nos apresenta um olhar afiado sobre a relação entre as pichações e a atmosfera sombria da ditadura civil-militar no Brasil. Afinal, quem diria que essas mensagens pintadas na parede poderiam ser um grito de resistência?

O livro se debruça sobre o papel da pichação como um manifesto social, uma forma de expressão que emergiu em um período onde muitos brasileiros estavam com a boca fechada e a censura à toda prova. O autor revela como essas "obras de arte de rua" se tornaram uma trilha sonora visual numa época em que o silêncio era ensurdecedor. É tipo fazer uma rave em um cemitério, se é que você me entende.

Thiago estabelece um contexto histórico e social, mergulhando no cenário da década de 1960 até os anos 1980, quando a repressão estava a todo vapor. Durante esse período, os murais da cidade se tornaram palcos para a insatisfação e a indignação popular. Pichações viraram o equivalente a um "FAÇA ALGO" sem querer gritar e por isso, sem levar as forças da repressão no pé. Sim, você leu certo, um grito silencioso, uma treta clandestina em plena rua!

Nunes explica ainda que as pichações não são apenas uma mera substituição da linguagem verbal - elas carregam significados profundos, reflexões sobre a opressão, e até mesmo uma certa poética do absurdo. É como se cada letra rabiscada fosse uma pedra atirada na cara do sistema, e a cada pichação, um pedaço do medo se esvaía. Através de análises de pichações icônicas daquele período, ele nos ajuda a entender como os muros se tornaram parte dos protestos e a alteridade na luta por liberdade.

O autor também discute a figura dos pichadores, que eram muitas vezes demonizados pela sociedade, mas que se tornaram verdadeiros protagonistas de uma luta que carrega o peso das vozes silenciadas. E convenhamos, se você não pode gritar, por que não pichar? Desde slogans curtos até textos mais elaborados, as pichações serviram para dar voz a muitos que não tinham acesso às plataformas tradicionais de manifestação.

E se você achava que o livro parava por aí, você emocionou-se à toa, porque Nunes também aborda o legado atual dessas pichações. Ele questiona: estamos realmente ouvindo o que os muros estão gritando? A resposta não é tão bonitinha quanto um graffiti de borboleta. As mensagens se transformaram, mas a dicotomia entre a arte e a rebelde insatisfação permanece.

Então, se você é do tipo que adora descobrir as histórias escondidas por trás das camadas de tinta e spray, Gritam os muros é uma leitura que vale a pena. Prepare-se para dar boas risadas enquanto reflete sobre essas criações que, paradoxalmente, são simples e profundas. E lembre-se: a próxima vez que você passar por um muro pichado, pode ser que você esteja olhando para um pedaço da nossa história!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.