Resumo de Foucault e a justiça pós-penal: críticas e propostas abolicionistas, de Clécio Lemos
Entenda as críticas de Clécio Lemos ao sistema penal e as propostas abolicionistas inspiradas em Foucault. Uma reflexão provocativa sobre justiça.
domingo, 17 de novembro de 2024
Prepare-se para uma viagem incômoda pelo universo da justiça penal, onde Clécio Lemos, o autor deste calhamaço, abre a caixa de Pandora das críticas e propostas abolicionistas inspiradas no filósofo Michel Foucault. Aqui, não vamos apenas discutir a prisão como uma forma de justiça-porque quem precisa de banheiros com papel higiênico e comida decente, não é mesmo? Lemos propõe um olhar afiado sobre o sistema penal contemporâneo, deixando claro que o que está em jogo é muito mais do que apenas algumas grades e uniformes de prisioneiro.
O livro começa com uma introdução sobre o pensamento de Foucault, que, se você pensava que ia ler sobre aconselhamentos de vida ou como ser um "bom cidadão", está muito enganado. O filósofo não está nem aí para regras convencionais. Para ele, a prisão é uma forma de controle social e uma fábrica de indivíduos problemáticos, mais do que um lugar de reforma ou recuperação. Lemos então se aprofunda nesse pensamento e nos faz questionar: será que estamos mesmo preocupados com a justiça ou apenas com a aparência dela?
Um dos pontos altos (ou baixos, dependendo do seu ângulo) do livro é a crítica à noção tradicional de punição. O autor discute como a prisão não resolve nada, só perpetua um ciclo de violência e marginalização. É como colocar um band-aid em uma fratura exposta-não vai ajudar em nada, mas faz parecer que você está fazendo algo. Além disso, Lemos deixa claro: a sociedade tende a ver os indivíduos encarcerados como "outros", e isso é muito conveniente para não precisarmos lidar com os verdadeiros problemas sociais. Spoiler! Foucault não tem a fórmula mágica para resolver tudo, mas aponta os erros como ninguém mais.
A obra faz uma análise crítica das propostas abolicionistas, sugerindo um afastamento de um sistema que, coincidentemente, parece mais um reality show de "Quem Fica Mais Tempo na Prisão". O autor apresenta alternativas que priorizam a restauração e a reintegração social, ao invés de simplesmente jogar a pessoa no fundo do poço e fingir que o problema está resolvido. A sugestão é sair por aí, atrevidamente, e falar sobre justiça de uma maneira que não inclua apenas algemas e instituições. Porque, convenhamos, há maneiras muito mais interessantes de tratar as questões sociais do que por meio da punição.
No final (não se preocupe, é só o final do livro, não vou estragar sua vida), Lemos sugere a potencial mudança de uma justiça retributiva para uma justiça restaurativa. Ele faz um convite ao leitor para se envolver, questionar e, acima de tudo, repensar o papel da justiça na sociedade. Afinal, quem mais está cansado dessa abordagem antiquada de "cárcere para todos" que apenas alimenta a máquina do estado e ignora as raízes do problema?
Em suma, "Foucault e a justiça pós-penal: críticas e propostas abolicionistas" é uma leitura fundamental para quem deseja refletir sobre o sistema penal e os caminhos alternativos que podem se abrir se apenas deixarmos de lado a voracidade por punições. Então, seja como for, prepare-se para desafiar suas crenças e, de quebra, rir de toda a tragédia que é o nosso sistema de justiça!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.