Resumo de A bela e a adormecida, de Neil Gaiman
Mergulhe na versão única de Neil Gaiman sobre A Bela e a Adormecida, onde conto de fadas se encontra com reflexões profundas sobre o tempo e o amor.
domingo, 17 de novembro de 2024
Ah, A bela e a adormecida! O título já nos lembra da clássica história da bela adormecida, mas Neil Gaiman dá um tapa na cara do clichê e traz uma versão deliciosa e peculiar. Se você acha que sabe tudo sobre esse conto de fadas, prepare-se para se surpreender!
A narrativa gira em torno de uma princesa que, depois de receber uma visita de uma fada má - porque quem não ama um pouco de drama mágico? - cai em um sono profundo. Mas não se engane, essa não é uma história de amor brega cheia de príncipes resgatadores. Aqui, o foco está no mundo ao redor dela que, por sinal, também não está em sua melhor fase.
O cenário da história é uma floresta que se desenvolve ao redor do castelo e que fica cada vez mais densa e enigmática. Na verdade, podemos dizer que a floresta tem mais personalidade do que muitos personagens por aí. A natureza aqui é quase uma antagonista, se erguendo para lembrar a todos que a vida continua, mesmo que a bela adormecida esteja... bem, adormecida.
Spoiler a caminho: enquanto a princesa dorme, o reino se transforma em um local de abandono e mistério. Gaiman nos leva a explorar como a ausência dela afeta não só o castelo, mas todo o ambiente ao redor. O tempo passa, e os humanos a esquecem, enquanto a vida selvagem toma conta. A história não é só sobre acordar a moça, mas sobre o que acontece quando a vitalidade de um lugar é perdida. E não vamos esquecer da questão do beijo do verdadeiro amor, porque o príncipe não é o único desejando esse momento!
Outro ponto forte é a paleta de personagens que Gaiman apresenta. Temos aqueles que têm esperança, aqueles que desistiram e aqueles que fazem o melhor que podem em meio ao caos. E o mais interessante: existem intrigas e dilemas morais quando um valente personagem se vê diante da questão eterna: quem merece acordar a adormecida? É só por ser bonitão ou há algo mais nesse príncipe?
Ao longo da trama, o contraste entre vida e morte, luz e escuridão é palpável, sempre com aquele tom de ironia que Gaiman adora usar. E, no final, a obra nos leva a questionar... será que o amor pode realmente resolver tudo? Ou a bela adormecida está melhor onde está? Dê-me um tempo, isso é um questionamento filosófico digno de Gaiman!
Em suma, A bela e a adormecida é um retrato enigmático e poético sobre o que acontece quando simplesmente deixamos a vida acontecer. Uma mistura de conto de fadas com uma reflexão sobre a passagem do tempo, a história é tão breve quanto uma bela noite de sono, mas repleta de profundidade e nuances que fazem o leitor pensar duas vezes antes de buscar um príncipe encantado.
Se você está preparado para entrar nesse mundo onírico e desbravar mais nuances do que "só acordar a bela" (que, convenhamos, já vimos isso demais por aí), então, troque seu travesseiro por esse livro e prepare-se para uma jornada cheia de ironia e questionamentos!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.