Resumo de Orlando, de Virginia Woolf

Entenda a jornada de Orlando, onde identidade de gênero e tempo se entrelaçam de forma divertida e reflexiva. Uma leitura essencial de Virginia Woolf!

Se você sempre se perguntou o que acontece quando você vive por mais de 400 anos e ainda perde tempo pensando sobre a sua identidade, Orlando é o seu livro! Virginia Woolf traz uma obra que mistura fantasia, crítica social e uma boa dose de reflexão sobre a identidade de gênero. Vamos descobrir como essa viagem no tempo funciona e por que você vai acabar tendo inveja do protagonista (ou protagonista, dependendo da época).

A história começa no século XVI, quando Orlando é um jovem aristocrata da Inglaterra que tem um jeitão de poeta e um cabelo que poderia ser o sonho de consumo de qualquer cabeleireiro. Ele vive numa época em que ser rico e bonito era a combinação perfeita para se dar bem na vida - se você não tivesse que se preocupar com a morte. E, ah, a morte não é uma preocupação qualquer. Afinal, Orlando conhece um duque que não hesita em partir para o além e deixar ele pensando na vida. Que péssimo exemplo!

Mas o que torna tudo ainda mais maluco é que, ao longo dessa jornada temporal, Orlando faz uma transição de gênero. Sim, isso mesmo! Num belo dia, ele acorda como mulher sem mais nem menos, como quem troca de roupa. A partir daí, Orlando passa a vivenciar as delícias e as agruras da vida feminina. O que você acha da ideia de entrar numa sociedade que espera que você esteja sempre elegante, mas que também te cobra por isso? Woolf aproveita isso para criticar, com uma boa dose de ironia, as normas de gênero e o que se espera de homens e mulheres.

O tempo continua a passar e Orlando vai se metendo em várias enrascadas. Ele tenta se enturmar em diferentes períodos, como o século XVII e o século XVIII, e mesmo assim acaba se perguntando: "O que sou eu, afinal?" Às vezes parece que ele simplesmente quer viver sua vida, mas sempre vem aquela dúvida existencial, como se um efeito colateral de entrarmos em contato com a sociedade. Pensa só: a gente já não se enrola bastante com as redes sociais, imagina na época de Orlando!

E aqui vai um aviso de spoiler! As coisas ficam ainda mais interessantes quando, ao final, Orlando meio que se dá conta de que todas essas mudanças não definem quem ele realmente é. É como fazer uma visita a um buffet onde você pode se servir à vontade, mas ainda assim a sensação de vazio pode aparecer. No final, ele se torna uma mulher plena e, em vez de encontrar respostas, percebe que as perguntas são muito mais divertidas.

Orlando é uma obra que brinca com o tempo, a identidade e a própria literatura, servindo tudo com uma pitada de humor e ironia. Woolf se não quisesse misturar tudo isso em uma deliciosa salada, então teria escrito um boletim informativo, mas claro que não era esse o intuito. Em suma, se você está em busca de reflexões sobre gênero e uma imaginação que não se limita a terrinhas em um único período, Orlando é a escolha perfeita!

Ana Bia

Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.