Resumo de Coringa, de Brian Azzarello
Mergulhe na mente distorcida do Coringa em Coringa de Brian Azzarello. Uma reflexão sombria sobre o vilão e a linha entre o bem e o mal.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você achava que a vida do Coringa era apenas uma sequência de piadas infelizes e planos malucos para irritar o Batman, tá na hora de dar uma ré no carro e reavaliar sua visão sobre esse personagem icônico dos quadrinhos. Em Coringa, Brian Azzarello não vem para brincar, mas para nos apresentar uma nova face do Palhaço do Crime que vai muito além da simples maldade e do humor sombrio.
A história nos é contada sob a perspectiva de um narrador que, ao que parece, tem a mesma sanidade do Coringa. Ele se intitula "o cara que ficou com a mulher do Coringa", e, bom, já dá para perceber que ele pode não ser a melhor fonte de informações. Este "narrador" se envolve em um furdúncio bem doido quando o Coringa é liberado da prisão e parte em uma verdadeira jornada do mal para se reerguer no submundo de Gotham.
Logo de cara, percebemos que o Coringa está um tanto frustrado com a situação dele. Sem a sua amada Harley Quinn, e, para piorar, com uma certa aproximação do Batman, ele resolve que é hora de dar uma atenção especial à sua imagem. E quem melhor do que um pequeno grupo de vilões e figurões enigmáticos para isso? Isso inclui uma galera que vai desde o charmoso Dente-de-sabre até figuras mais obscuras que você só vê no fundo da tela quando assiste um filme de terror em maratona.
Conforme a narrativa se desenrola, Azzarello faz questão de não deixar as coisas muito claras. Se você estava esperando um vilão carismático e autoexplicativo, é melhor preparar o espírito. Em vez disso, temos um Coringa que parece um pouco mais humano, se é que podemos usar esse termo para um cara que gosta de explodir coisas e esfregar o nariz na dor alheia. Ele tem suas fraquezas, seus medos e uma vulnerabilidade que faz você parar e pensar: "será que esse clown é mesmo um monstro?"
Spoiler alert! A parte mais intrigante é quando ele se depara com uma série de eventos que o forçam a questionar sua própria identidade. O caos que ele gera para se redefinir é, sem dúvida, o destaque dessa obra. No final das contas, é uma verdadeira reflexão sobre o que significa ser um vilão - e até mesmo sobre a famosa linha entre o bem e o mal, ou, como diria um filósofo em um dia obscuro, entre o Batman e o Coringa.
Além de tudo isso, a arte de Lee Bermejo traz uma beleza sombria às páginas que parece dançar entre o grotesco e o fascinante. Não é só a trama que é alucinante: as ilustrações vão te deixar sem fôlego e podem provocar pesadelos se você tem alguma aversão a palhaços. Em suma, o Coringa de Azzarello não é apenas uma batida de cabeça na parede da loucura, é uma viagem profunda ao abismo de uma mente distorcida.
E aí, pronto para mergulhar na mente desse icônico vilão? Apenas lembre-se: o que você encontra lá dentro pode não ser só risadas e confetes.
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.