Resumo de Os Reis Taumaturgos: Estudo sobre o caráter sobrenatural atribuído ao poder régio particularmente na França e na Inglaterra, de Marc Bloch
Explore a fascinante relação entre poder e crença em "Os Reis Taumaturgos" de Marc Bloch. Entenda como os reis eram vistos como curadores na Idade Média.
domingo, 17 de novembro de 2024
O livro Os Reis Taumaturgos é um verdadeiro mergulho no mundo dos mitos e das crenças que cercam o poder monárquico, principalmente na França e na Inglaterra. O autor, Marc Bloch, não está aqui para te contar histórias de príncipes encantados ou princesas em apuros. Não, ele vai muito além da mágica da Disney e traz um estudo profundo (mas não tão chato assim) sobre como os reis eram vistos como figuras quase divinas, capazes de curar doenças e realizar milagres.
Começando com uma introdução cheia de glamour, Bloch explica que os reis da Idade Média não eram só governantes, mas sim os super-heróis da época. Isso mesmo, meu caro leitor! Eles tinham o poder de curar os enfermos apenas com o toque (ou com uma benção), fazendo o papel do "médico" e do "governante" ao mesmo tempo. E se você acha que isso é exagero, pense que a crença popular era tão forte que os súditos realmente achavam que seus reis tinham um "poder" especial.
No primeiro ato dessa obra maravilhosa, Bloch aborda o conceito de taumaturgia. O que é isso, você pergunta? Basicamente é a habilidade de realizar milagres. E, sim, ele vai mostrar como os reis eram adorados como semi-deuses em suas respectivas nações. Os rituais de coroação, por exemplo, eram verdadeiros spectacles em que a teatralidade estava no ar. Os monarcas eram ungidos com óleos sagrados e saíam por aí curando todos os males, desde a frieira até problemas existenciais (por favor, não tente isso em casa).
Depois, o autor navega pelas particularidades culturais da França e da Inglaterra, destacando como cada país desenvolveu seu próprio "jeitinho" de celebrar seus reis taumaturgos. Enquanto os franceses eram mais sofisticados e gostavam de tudo muito pomposo, os ingleses, ao que parece, preferiam um toque de rusticidade. A batalha entre esses dois estilos é digna de uma série de reality show, com direito a intrigas palacianas.
E logo, spoiler alert: se você achou que tudo isso era só um conto de fadas, está redondamente enganado. Bloch nos lembra que, apesar desses poderes quase místicos, os reis também enfrentavam toda sorte de revoltas e problemas. Eles não eram apenas figuras de culto; suas decisões poderiam gerar revoluções e guilhotinas (oi, Revolução Francesa!). A crença na taumaturgia não impedia que os súditos quisessem suas cabeças quando as coisas iam mal.
Ao longo da leitura, o autor discute como essas crenças foram evoluindo, com a ascensão do racionalismo e a queda das monarquias absolutistas. Afinal, quem precisa de um rei que cura quando se pode ter cientistas e médicos bem treinados? No final das contas, Bloch faz um balanço de como o poder e a crença estão intrinsecamente ligados, e como essa relação foi moldando a história da Europa.
O que podemos concluir? Os Reis Taumaturgos não é só um estudo sobre a história dos reis mágicos, mas também uma reflexão sobre o que é o poder e como ele influencia a sociedade. E, com isso, Bloch nos entrega uma leitura que é, ao mesmo tempo, erudita e divertida. Então, da próxima vez que você pensar em um rei, lembre-se: ele pode não ser capaz de curar sua dor de cabeça, mas pelo menos, você agora sabe que, na Idade Média, eles eram considerados verdadeiros rockstars da cura.
E aí, gostou? Agora você pode se considerar um pequeno historiador da realeza!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.