Resumo de Ethiope Resgatado, Empenhado, Sustendado, Corregido, Instruido, e Libertado: Discurso Theologico-Juridico, em Que se Propoem o Modo de Comerciar, Haver, e Possuir Validamente, Quanto
Resumo de Ethiope Resgatado, Empenhado, Sustendado, Corregido, Instruido, e Libertado: Discurso Theologico-Juridico, em Que se Propoem o Modo de Comerciar, Haver, e Possuir Validamente, Quanto A Hum, e Outro Fo, de Manoel Ribeiro Rocha
domingo, 17 de novembro de 2024
Vamos falar sobre um livro que já começa com um título quase mais longo do que a obra em si: Ethiope Resgatado... de Manoel Ribeiro Rocha! É uma daquelas leituras que te faz questionar se o autor estava escrevendo um livro ou tentando ganhar um concurso de escrever o título mais longo da história da literatura. Sem dúvida, é um discurso teológico-jurídico que se propõe a falar sobre a forma de comerciar e outros aspectos jurídicos da época.
Ok, vamos à essência da coisa! Rocha escreveu este livro em um contexto em que a travessia do Atlântico não ocorreu apenas em navios de cruzeiro, mas também em navios que transportavam pessoas como mercadoria. O autor apresenta um discurso que procura entender o que acontece quando o comércio se encontra com a moralidade e a religião, a partir da perspectiva de um etíope que foi resgatado.
Neste emaranhado de ideias - que pode dar a impressão de que misturou um advogado e um teólogo em uma sala sem saída - o autor argumenta sobre como as transações e o comércio devem ser conduzidos de modo ético e valioso. Ah, e sim, ele se propõe a explicar como agir corretamente em meio ao caos do comércio, fazendo parecer que a compra e venda de escravos poderia ser justificada por bons princípios teológicos. Em épocas de escassez de ética, Rocha revela-se um verdadeiro mestre da justificativa!
O autor analisa as diversas interações sociais e as relações de poder que permeiam o comércio, introduzindo o conceito de "haver e possuir". Em outras palavras, ele tenta mostrar que apenas porque você pode pegar algo emprestado ou posse um bem, isso não significa que você deva - e acredite, esse foi um conceito inovador no século XVIII! Quem diria que ter consciência já era uma tendência tão avançada?
Rocha também tece uma crítica à forma como a sociedade lidava com os recém-libertados e o processo de restituição, tentando delinear um modo de como lidar com a ressignificação do que significa "ser livre" num mundo que ainda acredita que se pode ter a propriedade de seres humanos, porque, convenhamos, a linha entre o ético e o legal é mais fina do que o fio dental da sua avó!
E agora, spoiler alert: por mais que o autor se empenhe em discutir todas essas questões, a obra termina sem uma solução prática. Não se preocupem! Vocês não vão sair com um manual de como negociar almas ou fazer trocas de escravos de maneira ética. Na verdade, muitos dos conceitos discutidos (oui, porque ele amava complicar o simples) podem fazer você coçar a cabeça e pensar se o século XVIII realmente achava que estava evoluindo... ou se só estava se divertindo em um teatro do absurdo.
Portanto, Ethiope Resgatado... é uma obra que, apesar de seu título quase impronunciável, faz um esforço notável para discutir temas que ainda ecoam nos dias de hoje. Resumindo, um labirinto de ética e comércio que nos deixa com uma pulga atrás da orelha: será que a gente realmente aprendeu alguma coisa com tudo isso?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.