Resumo de O Bacharel e o Advogado da Colônia à República, de Ricardo Luiz de Souza
Mergulhe na trajetória cômica e informativa de O Bacharel e o Advogado, de Ricardo Luiz de Souza, que revela a evolução da advocacia no Brasil.
domingo, 17 de novembro de 2024
Se você já se perguntou como a profissão de advogado evoluiu do simpático bacharel da colônia para o advogado que, muitas vezes, faz mágica e desaparece na hora de pagar a conta, então O Bacharel e o Advogado da Colônia à República, de Ricardo Luiz de Souza, pode ser a leitura ideal.
O autor nos convida a uma viagem no tempo para explorar a bonita - e, por que não, caótica - trajetória da advocacia no Brasil, desde seus primórdios com a chegada da colônia até a formatação do que conhecemos agora. A obra é uma espécie de guia bem-humorado que traz uma análise sobre como a advocacia se moldou nesse período de transição e, de quebra, deixa escapar algumas "dicas de ouro" sobre o dia a dia dos juristas que, claro, não envolvem só toga e rituais.
Ricardo começa lá atrás, em uma época em que o conceito de justiça não passava de um jogo de palavras e algumas cartas bem escritas. Os bachareis eram aqueles moços que passavam anos com os livros, sonhando em conquistar o mundo dos grandes. E que mundo era aquele? Um em que se discutia se a maçã da traição deve ser mordida ou não. Ah, o romantismo da era colonial!
À medida que o livro avança, o autor mergulha nas revoluções e transformações que o Brasil viveu. Aqui ele já faz um "spoiler" do que rolou: a chegada da República trouxe consigo uma nova onda de desafios e oportunidades para os advogados, que agora precisavam se adaptar a uma nova realidade política e social. Todo advogado que se preze sabia que era preciso estar com um pé na ética e outro no pragmatismo, pois, caso contrário, o cliente poderia preferir apelar para o "jeitinho brasileiro" - e aí ferrou todo o planejamento!
No desenrolar da narrativa, Ricardo não se esquece de também tratar das figuras mais emblemáticas dessa era. Os juízes, os bacharéis, e claro, os advogados que, qual super-heróis da justiça, se aventuravam pelos tribunais da época. Além disso, ele organiza a história em trechos que fazem o leitor refletir sobre a importância de ter um bom advogado ao lado - ou pelo menos alguém que saiba fazer uma cara de quem entende do assunto, mesmo sem ter lido o processo.
O autor nos guia através de um lado mais cômico e, às vezes, trágico dessa trajetória - afinal, quem nunca viu um advogado tentando explicar algo complicado para um cliente que só quer saber se vai ganhar ou não? Ah, o drama da vida advogatícia!
O Bacharel e o Advogado da Colônia à República é, portanto, uma leitura que alia informação a muito humor. É uma crítica sutil (ou nem tão sutil assim) à imagem do advogado, do bacharel idealista que perde-se no mundo real à figura que lida com os desafios da profissão em uma sociedade em constante mudança. No final das contas, o autor nos mostra que, independentemente de quantos séculos se passem, a busca pela justiça continua sendo uma comédia de erros - e que sempre haverá espaço para uma boa risada, mesmo entre as páginas de um código civil.
Se você estava com medo de ler um livro chatíssimo sobre os meandros da advocacia, pode ficar tranquilo; aqui você terá um refresco de conhecimento e algumas boas gargalhadas. Afinal, quem disse que o universo do direito não pode ser divertido?
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.