Resumo de A sociedade contra o Estado, de Pierre Clastres
Explore a provocativa obra de Pierre Clastres que desafia a centralização do poder e exalta a liberdade em sociedades não estatais.
domingo, 17 de novembro de 2024
Em A sociedade contra o Estado, o antropólogo francês Pierre Clastres nos leva a uma viagem insólita por sociedades que decidiram jogar o tradicional papel de Estado pela janela, como se estivesse dizendo: "A gente não precisa desse funcionário público, obrigada!" A obra é um verdadeiro manifesto contra a ideia de que todas as sociedades devem evoluir para a forma estatal. Acredite, a história desses povos pode fazer muitos babacas de paletó e gravata repensarem sua posição na fila do pão!
O autor começa nos apresentando sociedades indígenas da América do Sul, que, em um movimento meio "não gosto de regras", rejeitam a centralização do poder. Olha só que delícia! Eles preferem o que Clastres define como sociedades não estatais, onde o poder não é acumulado em mãos de alguns. Para eles, a clava do poder tirânico é algo que simplesmente não combina com a vida.
Aqui, spoiler à vista! Clastres afirma que nessas sociedades, o poder é algo que está sempre em crise, uma espécie de "pique-esconde" onde ninguém quer ser o esconde-esconde. O chefe, que poderia ser o "mandachuva", é mais um mediador, um papagaio de pirata que fala muito, mas não possui a autoridade absoluta. Por isso, podemos dizer que a palavra de ordem é: descentralização e igualdade, com um toque meio anárquico que daria inveja a qualquer hipster em busca de um estilo de vida alternativo.
O autor também analisa a violência como uma forma de resistência. Em vez de se submeterem ao domínio de um Estado opressivo, essas sociedades optam por crear sua própria forma de liberdade, usando a guerra e a resistência como táticas. Em Clastres' land, a guerra não é apenas uma ação, mas uma performance social para manter a estrutura de poder não hierárquica. Agora, quem diria que as guerras também têm um lado "happy"?
Um ponto interessante e que certamente deixaria qualquer sociólogo de queixo caído é a ideia do não poder. Para Clastres, a sociedade tribal não quer poder, mas sim se proteger dele. É como se dissesse: "obrigado, mas não quero ser sua rainha, prefiro ser a pessoa que come pipoca na arquibancada." O que torna tudo ainda mais intrigante é a discussão sobre o efeito corrosivo que o poder centralizado pode ter sobre a vida social. Aqui, estamos longe de um Marquês de Sade - o que Clastres realmente idealiza é uma sociedade onde o poder não é sinônimo de opressão.
E por fim, se você acha que isso é muito teórico e pouco prático, vale a pena mencionar que A sociedade contra o Estado traz uma série de estudos de caso que mostram como esse modelo não é apenas teoria da conspiração de hippies! Clastres apresenta exemplos que fazem você querer acampar na floresta e se juntar a um grupo de caçadores-coletores que não se importa com o IPTU.
Resumindo: A sociedade contra o Estado apresenta um olhar provocador sobre como sociedades indígenas conseguiram dizer "não" para o império do Estado e "sim" para a liberdade. Se você estava pensando em um livro entediante sobre estruturas sociais, prepare-se para ser surpreendido - e quem sabe, se tornar fã do movimento anti-Estado!
Ana Bia
Resumo clássicos e best-sellers com pitadas de humor e leve deboche. Meu objetivo? Transformar grandes obras em resumos fáceis de entender. Entre capítulos e risadas, faço você se sentir expert na próxima roda de conversa literária.